O mistério em torno do desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan só aumenta. A última comunicação por telefone de satélite ocorreu na última quarta-feira e pela rota prevista o San Juan deveria ter chegado à base naval em Mar del Plata ontem. As buscas se concentram em alto mar, na costa argentina, numa enorme região na altura da orla de Comodoro Rivadavia. Aviões e embarcações de vários países, inclusive do Brasil, estão na região em busca do submarino. Apóiam os trabalhos também Uruguai, Chile, Peru, Colômbia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha e Noruega.
Os trabalhos de busca por mar e ar têm sido prejudicados pelas condições meteorológicas bastante adversas na área com vários centros de baixa pressão nos últimos dias. No fim de semana, as ondas chegaram a oito metros de altura (imagem feita a partir do navio argentino ARA Sarandi) e houve vento perto de 100 km/h, no que foi descrito pela Armada Argentina como “péssimas” condições.
O Atlântico Sul é uma área propícia a tempestades no mar e com a sucessão atual de massas de ar frio acima do normal pelo fenômeno La Niña as condições ficam piores na região porque os pulsos de ar frio são acompanhados de vento muito forte no oceano pelas correntes de vento de Sul/Sudoeste. Ontem, as condições melhoraram um pouco, mas ainda eram bastante desfavoráveis. A expectativa é que entre hoje e amanhã tanto as condições do tempo como do mar sejam mais favoráveis.