Anúncios

SDO/NASA

Uma grande explosão solar registrada ontem acabou por produzir imagens incríveis, captadas pelas sondas e satélites da NASA e NOAA que monitoram a nossa estrela. Os dados indicaram a ocorrência de uma erupção solar impulsiva de classe X2.5 na região ativa da mancha solar 3576 às 03h53 de ontem (hora de Brasília).

O evento impulsivo no sol começou às 03h42 e terminou às 3h58 UTC. Foi a quarta erupção solar mais forte do atual ciclo solar 25, após a X5.0 em 31 de dezembro de 2023, X3.3 em 9 de fevereiro de 2024 e X2.8 em 14 de dezembro de 2023.

A grande explosão no sol afetou as comunicações por rádio em ondas curtas no Leste da África, Oriente Médio, Índia, China, Oceano Índico e Oeste da Austrália no momento da erupção solar, de acordo com o centro de tempo espacial da NOAA.

Viajando à velocidade da luz, a radiação atingiu a Terra em pouco mais de oito minutos e ionizou a camada superior da atmosfera da Terra – a termosfera – desencadeando apagões de rádio de ondas curtas no hemisfério oriental.

As explosões solares são desencadeadas quando a energia magnética se acumula na atmosfera solar e é liberada em uma intensa explosão de radiação eletromagnética. Elas são categorizadas por tamanho em grupos de letras, sendo a classe X a mais poderosa. Em seguida, há as explosões de classe M, que são 10 vezes menores que as explosões de classe X, seguidas pelas classes C, B e, finalmente, A, que são muito fracas para afetar significativamente a Terra.

Imagens captadas por sondas e satélites da NASA da erupção solar X2.5 de ontem com um grande filamento de plasma ejetando a partir do setor Oeste do sol em direção ao espaço. Veja as impressionantes imagens.

Por que esta explosão solar foi classificada como “impulsiva”? A resposta está na duração. As explosões solares são classificadas com base na sua duração como eventos impulsivos ou de longa duração. O limite de tempo que separa os dois não está bem definido, mas o evento da sexta-feira por ter sido poderoso e muito breve acabou sendo classificado como impulsivo.

Por que o sol tem sido notícia frequente nestes dias? Porque está perto do máximo do ciclo solar de onze anos, quando costumam ocorrer muitas explosões. E o que é um ciclo solar? Nosso sol é uma enorme bola de gás quente eletricamente carregado. Este gás carregado se move, gerando um poderoso campo magnético. O campo magnético do sol passa por um ciclo, chamado ciclo solar.

A cada 11 anos ou mais, o campo magnético do sol muda completamente. Isso significa que os polos Norte e Sul do Sol trocam de lugar. Em seguida, leva cerca de 11 anos para os polos Norte e Sul do Sol se inverterem novamente. O ciclo solar afeta a atividade na superfície do Sol, como manchas solares causadas pelos campos magnéticos do Sol.

À medida que os campos magnéticos mudam, também muda a quantidade de atividade na superfície. Uma maneira de acompanhar o ciclo solar é contando o número de manchas solares. O início de um ciclo solar é um mínimo solar, ou quando o Sol tem menos manchas solares. Com o tempo, a atividade solar – e o número de manchas solares – aumenta. O meio do ciclo solar é o máximo solar, ou quando o sol tem mais manchas solares. Quando o ciclo termina, ele volta ao mínimo solar e então um novo ciclo começa.

A MetSul Meteorologia está nos canais do WhatsApp. Inscreva-se aqui para ter acesso ao canal no aplicativo de mensagens e receber as previsões, alertas e informações sobre o que de mais importante ocorre no tempo e clima do Brasil e no mundo, com dados e informações exclusivos do nosso time de meteorologistas.