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O furacão Delta tocou terra em Puerto Morelos, na península de Yucatán, no México, por volta das 6h30 (hora de Brasília) desta quarta-feira (7), com categoria 2 e vento de 170 km/h. Delta, que chegou a ter categoria 4, perdeu força pouco antes de tocar terra e o centro da tempestade não alcançou terra com a intensidade que era prevista pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

Delta é o furacão identificado com o alfabeto grego mais intenso já registrado até hoje, depois que a lista de nomes para ciclones tropicais no Atlântico Norte em 2020 esgotou-se pelo alto número de tempestades tropicais e furacões, o que somente havia ocorrido na temporada recorde de 2005. Antes, Beta (2005) era o furacão identificado pelo alfabeto grego mais forte já registrado. Delta saiu de uma depressão tropical para um violento furacão categoria 4 em apenas 30 horas, sem precedentes desde 1850.

O furacão Delta foi o terceiro a atingir categoria 4 neste ano até agora no Atlântico, junto com Laura e Teddy. Este 2020 é o sétimo ano da era de satélites (desde 1966) a ter três ou quatro mais furacões de categoria 4 ou 5 no Atlântico até o dia 6 de outubro. Antes, isso somente havia ocorrido nas temporadas de 1995, 1999, 2004, 2005, 2010 e 2017.

Somente outros seis furacões tiveram velocidade do vento sustentada de 140 milhas por hora em outubro desde 2010, como ocorre agora com Delta. Foram Ophelia (2011), Gonzalo (2014), Joaquin (2015), Matthew (2015), Nicole (2016) e Michael (2018).Se tocar terra no Sul dos Estados Unidos no final desta semana, como se espera, Delta será o quinto furacão a atingir a área continental dos país neste ano, juntamente com Hanna, Isaias, Laura e Sally. A última vez que cinco furacões tocaram terra nos Estados Unidos continental numa temporada foi em 2005. Naquele ano foram Cindy, Dennis, Katrina, Rita e Wilma, estes três últimos furacões devastadores.