A MetSul Meteorologia alerta que a área coberta por fumaça na América do Sul nesta semana vai aumentar e vai atingir áreas que ainda não tinham registrado a presença de fuligem em suspensão na atmosfera, resultado de correntes de vento do quadrante Norte.
A origem principal da fumaça está no Sul da região amazônica, sobretudo no Sul do estado do Amazonas, no chamado arco do desmatamento, assim como no Pará, Mato Grosso e na Bolívia, onde o número de queimadas tem sido bastante elevado durante esta primeira semana de setembro. Nos últimos três dias, o fogo aumentou muito também no Paraguai com um grande incêndio no Chaco.
Devido às correntes de vento de Norte para Sul com ar quente pelo interior da América do Sul, um corredor de fumaça que acompanha uma corrente de jato em baixos níveis, um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude, que se origina no Sul da Amazônia e desce até o território gaúcho, trará ainda mais fumaça para o Sul do Brasil.
O modelo CAMS de dispersão atmosférica de aerossóis da União Europeia (Sistema Copernicus) indica que haverá muita fumaça de queimadas durante toda esta semana nos três estados do Sul do Brasil, uma vez que ar mais quente atuará durante o período na região.
O modelo indica ainda que a fumaça nesta primeira metade da semana vai atingir áreas ainda livres da fuligem e muito ao Sul como Buenos Aires e Montevidéu, as capitais da Argentina e do Uruguai, respectivamente. A fumaça dominará parte do Centro argentino e todo o território uruguaio.
Com isso, uma enorme área da América do Sul nesta semana vai ter a coloração do céu alterada pela presença de fumaça com aspecto de névoa e acinzentado. Haverá redução de visibilidade com o material particulado deixando o sol laranja e vermelho.
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