A fumaça dos incêndios florestais e queimadas no Oeste do Canadá desencadeou alertas de saúde em várias cidades da América do Norte. Os incêndios florestais na província de Alberta deslocaram dezenas de milhares de pessoas e devastaram mais de 941 mil hectares durante várias semanas.

“É certamente uma mistura de fumaça”, disse Christie Tucker, da agência Alberta Wildfire, em uma entrevista coletiva com os meios de comunicação locais. “Muitos habitantes de Alberta obviamente não conseguem fugir da fumaça”, afirmou a autoridade.

“A fumaça dos incêndios é densa em muitas partes da província”, informou Tucker. “Mas as temperaturas são mais baixas do que seriam se não houvesse fumaça cobrindo o sol”, referindo-se à redução da temperatura com a menor insolação.

Menos calor, explicou Tucker, “significou que vimos menos crescimento de incêndios”. Apenas cinco novos foram relatados desde sexta-feira. Por outro lado, ela acrescentou, os bombeiros não têm conseguido pilotar aeronaves com tanta frequência para obter uma imagem precisa do tamanho e do número de incêndios ocorridos nos últimos dias.

A fumaça deixou o céu acinzentado e realçou as cores do sol ao amanhecer e no entardecer em grande cidades do Norte e do Norte dos Estados Unidos nos últimos dias como Chicago, Nova York e Boston.

Um sol em meio ao céu em tons de cinza pela fumaça podia ser visto sobre a Estátua da Liberdade ao entardecer ontem na cidade de Nova York. O Serviço Nacional de Meteorologia disse que a fumaça dos incêndios florestais canadenses a cerca de 5 mil quilômetros de distância afetou a cidade de Nova York e grande parte do Nordeste norte-americano.

SPENCER PLATT/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

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As imagens de satélite da NOAA, a agência de tempo e clima dos Estados Unidos, mostraram a fumaça dos incêndios cobrindo mais de 2,7 milhões de quilômetros quadrados, se estendendo de Alberta, no Oeste do Canadá, até a Costa Leste da América do Norte e o Ártico.

NOAA

A Environment Canada emitiu alertas sobre a má qualidade do ar que representa “riscos muito altos” para a saúde nas cidades de Edmonton e Calgary, onde o céu tinha uma tonalidade laranja e o cheiro de fumaça pairava no ar. Os residentes foram instados a limitar as atividades ao ar livre.

Nos últimos anos, o Oeste do Canadá foi repetidamente atingido por condições climáticas extremas, cuja intensidade e frequência aumentaram devido ao aquecimento global. Para a alegria dos bombeiros enfrentando os incêndios, a chuva retornou para Alberta com queda de temperatura nas últimas horas.