Os últimos dias têm registrado muita fumaça no Centro da Argentina e no Uruguai pelas queimadas no Centro e Norte da Argentina, e ainda da vinda de incêndios no Paraguai, no Pantanal e região amazônica. A presença da fumaça mudou o aspecto do céu. 

Fim de tarde de 5 de agosto em Maldonado no Uruguai. (Inumet/Divulgação)

As correntes de vento de Norte que trazem o ar quente transportam junto a fumaça para as latitudes médias da América do Sul. No Rio Grande do Sul, a fumaça tem sido perceptível com cores mais alaranjadas e avermelhadas do sol ao fim da tarde e da lua à noite, especialmente no Oeste e no Sul gaúcho que estão mais próximos da área de maior concentração de fumaça, localizada na Argentina e Uruguai nesta semana. 

Entardecer de hoje em Livramento (Fabian Ribeiro)

O modelo de aerossóis do Centro Europeu Copernicus mostra que neste fim de semana a fumaça seguirá mais concentrada na Argentina, Uruguai, Oeste e Sul gaúcho, mas que na segunda-feira (mapa), por uma condição pré-frontal, haveria grande quantidade de fumaça sobre o Rio Grande do Sul. 

Imagens de satélite nesta sexta-feira indicavam muita fumaça saindo do Paraguai e Mato Grosso do Sul pela grande quantidade de incêndios. Por conta da seca prolongada e fogo intencional, o Pantanal vive um “inverno de fogo” com queimadas em número até 300% acima da média histórica. 

O Centro e Norte argentino e o Paraguai, igualmente em razão de seca estão, com os números de queimadas bastante acima da média para esta época do ano.