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Montevidéu sofreu com vários pontos de alagamentos durante um temporal com chuva intensa neste sábado. Chuva foi consequência da aproximação de uma frente fria ao Sul do Uruguai. | DIEGO RODRÍGUEZ/X/REPRODUÇÃO

Frente fria que vai mudar o tempo no Sul do Brasil provocou chuva torrencial no começo da tarde deste sábado em Montevidéu, no Uruguai. A capital uruguaia estava sob alerta laranja do Instituto Uruguaio de Meteorologia (Inumet) ante o risco de tempestade com a aproximação do sistema. A chuva intensa em curto período causou alagamentos em vários pontos de Montevidéu, alguns intransitáveis.

O temporal desabou sobre a cidade por volta do meio-dia com uma grande quantidade de água em pouco tempo, causando inundações em várias áreas. Alguns moradores da área do bairro Cerro Norte tiveram que deixar as suas casas com o avanço das águas sobre as moradias.

Em um dos pontos mais icônicos da capital uruguaia, no Parque Rodó, a água chegou aos brinquedos e ultrapassou um metro de altura. O Hospital de Clínicas, na região do Parque Batlle e do Estádio Centenário, também foi inundado com a chuva intensa do começo da tarde. Fontes hospitalares garantiram que, apesar da situação, o atendimento aos pacientes não foi afetado.

Os acumulados de precipitação foram altos em curto intervalo. Na estação do Aeroporto Internacional de Carrasco, no limite dos departamentos de Canelones e Montevidéu, a chuva somou 45 mm. No Centro de Montevidéu, nas imediações do Palácio Legislativo, a chuva atingiu 58,4 mm. Na Ciudad Vieja, na zona portuária, a precipitação bateu em 49 mm.

A precipitação média histórica de Montevidéu em março, com base em dados da estação meteorológica oficial do Prado, é de 105 mm. Assim, a chuva em apenas uma hora de 58 mm na área central da capital uruguaia correspondeu à quase metade do que costuma chover no mês inteiro, tornado os alagamentos inevitáveis.

No interior do país, as áreas de instabilidade formadas com a aproximação da frente fria e a presença de ar tropical quente e úmido sobre o Uruguai acabaram por gerar fortes temporais isolados no Leste uruguaio. Vendaval atingiu o departamento de Rocha, que faz fronteira com o extremo Sul gaúcho, causando estragos.

O risco de tempo severo isolado com vendavais e chuva localmente intensa prossegue no Uruguai e no Centro da Argentina na noite deste sábado, atingindo ainda áreas do extremo Sul gaúcho. Na maior parte do Rio Grande do Sul, o tempo segue firme e quente antes da mudança do tempo prevista para este domingo à medida que a frente começa a se deslocar para Norte.

O sol vai aparecer com nuvens em grande parte do Rio Grande do Sul neste domingo, entretanto a nebulosidade aumentará ao longo do dia e a atmosfera vai se instabilizar com chuva. Já chove em pontos do Oeste e do Sul entre a madrugada e de manhã, mas na maioria das áreas, inclusive a Grande Porto Alegre, em horas entre a tarde e a noite. Algumas cidades mais ao Norte e no Noroeste podem ter chuva apenas na segunda.

Na segunda-feira, o sistema frontal ainda atua no estado. A frente fria traz muitas nuvens e chuva na maioria das regiões gaúchas, especialmente na faixa central e na Metade Norte do estado. No Oeste e no Sul gaúcho, projeta-se uma melhora gradual do tempo. O avanço do sistema frontal para Norte vai mudar o tempo com chuva na segunda-feira também em Santa Catarina e em parte do Paraná.

Frentes frias no período quente do ano, como é o caso ainda de março, normalmente trazem o risco de tempo severo, mas a MetSul Meteorologia não antecipa cenário de alto risco de temporais generalizados no Sul do Brasil. Isso, contudo, não significa ausência de risco.

Podem ocorrer temporais isolados e episódios de chuva localmente forte a torrencial no Rio Grande do Sul neste domingo e durante a segunda-feira, transferindo-se o risco na sequência para os estados catarinense e paranaense. Porto Alegre e região estão entre as áreas de risco de chuva forte com altos volumes em curto período.

Os acumulados de chuva pela frente, em geral, não devem ser altos em grande parte do estado e do Sul do Brasil. O que vai ocorrer será uma grande variabilidade de volumes com acumulados altos a muito altos de forma isolada em diferentes regiões, sobretudo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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