Fotos aéreas divulgadas pela Prefeitura de Tapejara e cedidas para a MetSul Meteorologia para análise do fenômeno mostram o rastro de destruição deixado pelo tornado no município. Mais de 700 residências e prédios foram parcial ou totalmente destruídos, incluindo estabelecimentos comerciais e industriais e órgãos públicos. Os danos, na maior parte, são consistentes com um tornado F1, mas em alguns pontos a severidade é maior e equivalente a do limite inferior da categoria F2, ou seja, vento ao redor de 200 km/h. Tornados são erráticos não apenas em sua trajetória assim como na intensidade.


Em Tapejara, mais de 1,5 mil pessoas ficaram desabrigadas e foram encaminhadas para casas de parentes e amigos, conforme a Defesa Civil Estadual. O Governo do Estado, por meio da Defesa Civil Estadual e das Regionais de Passo Fundo e Caxias do Sul, auxilia os esforços da prefeitura local e ainda no sábado, dia do tornado, distribuiu de pronta-resposta quatro mil kits de dormitórios, mil peças de roupas infantis e materiais de higiene. No decorrer desta semana está prevista ainda a entrega de 1,8 mil telhas e 90 cestas básicas para Erebango, outro município da região que foi muito afetado pelo tornado.

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O fenômeno de curta duração atingiu parte da área urbana de Tapejara, sobretudo os bairros Treze de Maio, loteamentos Real I, Real II e Condomínio São João Batista, São Paulo, Cohasa e Santa Paulina, parte do Centro da cidade e pontos da zona rural do município, como a Linha Marcolin. O tornado, registrado às 5h15m do sábado, também causou danos ambientais provocando danificação nas árvores nativas folhosas, araucárias e árvores exóticas. O desastre ainda trouxe danos na rede de água do município e prejuízos para a rede elétrica e a iluminação pública com graves perdas e de demorada reconstrução.