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New York Presbyterian/Reprodução

Pacientes com coronavírus em áreas que tinham altos níveis de poluição do ar antes da pandemia ter se instalado têm muito mais chances de morrer da infecção do que pacientes vivendo com ar mais limpo, de acordo com um novo estudo nacional nos Estados Unidos que oferece o primeiro vínculo claro entre a exposição a longo prazo e taxas de mortalidade pela Covid-19.

Em uma análise de 3.080 municípios nos Estados Unidos, pesquisadores da Harvard University T.H. School of Public Health descobriram que níveis mais altos de partículas minúsculas e perigosas no ar, conhecidas como PM 2.5, estavam associados a maiores taxas de mortalidade pela doença.

Durante semanas, as autoridades de saúde pública especulavam uma ligação entre ar sujo e morte ou doenças graves da Covid-19, causada pelo coronavírus.

A análise de Harvard é o primeiro estudo nacional a mostrar uma ligação estatística, revelando uma “grande sobreposição” entre as mortes por Covid-19 e outras doenças associadas à exposição a longo prazo a material particulado fino.


“Os resultados deste artigo sugerem que a exposição a longo prazo à poluição do ar aumenta a vulnerabilidade à ocorrência dos resultados mais graves do Covid-19”, escreveram os autores citados pelo New York Times.

O artigo descobriu que, se Manhattan tivesse reduzido seu nível médio de material particulado em apenas uma unidade, ou um micrograma por metro cúbico, nos últimos 20 anos, a região da cidade de Nova York provavelmente teria visto 248 menos mortes de Covid-19 a essa altura da epidemia.

 

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