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O boletim divulgado ontem pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) indicou a continuidade das condições de neutralidade na área equatorial do Oceano Pacífico.

A anomalia de temperatura da superfície do mar na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central, ficou em +0,6ºC. 

O valor positivo está em patamar de El Niño muito fraco, mas não basta que apenas o oceano esteja mais aquecido do que o normal para caracterizar o fenômeno. Os índices da atmosfera na região não condizem com El Niño e são típicos de uma situação de neutralidade. Por sua vez, a região Niño 1+2, no Pacífico Equatorial Leste, mais perto da América do Sul, teve valor novamente de +0,8°C. 

Até o inverno, a tendência é que o Pacífico se mantenha em neutralidade. Os modelos de clima dividem quanto ao segundo semestre. Os chamados modelos dinâmicos estão a indicar a possibilidade de episódio de La Niña com resfriamento das águas superficiais. Já os modelos estatísticos indicam a persistência da neutralidade, a despeito das águas mais frias.

O período de março a junho é conhecido como de barreira de previsibilidade em que a performance dos modelos de clima de longo prazo é menor. 

Por isso, cenários hoje esboçados pelas simulações computadorizadas são vistos com maior cautela pelos profissionais da Meteorologia. Em direção ao fim do outono, o cenário fica mais claro.