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ALINA SOUZA/ARQUIVO

Porto Alegre e muitas cidades do Rio Grande do Sul têm nesta terça-feira um dia ventoso. Não é vento com força para causar danos ou transtornos, mas que muita gente se refere como “chato” pelas rajadas persistentes em várias localidades desde o começo do dia.

Dados de estações meteorológicas indicam que as rajadas mais fortes na maioria das cidades gaúchas na primeira metade do dia de hoje ficaram entre 30 km/h e 55 km/h. Porto Alegre teve rajada de 54 km/h no Aeroporto Salgado Filho ao meio-dia.

Não é vento de tempestade, afinal ocorre em dia com céu azul e muito sol. A mudança no tempo que se anuncia com chuva somente ocorrerá em pontos mais a Oeste e Norte no fim do dia e na maior parte do estado amanhã.

Então, qual a causa deste vento? A explicação passa por temperatura e pressão com sistemas de diferentes características térmicas (temperatura) e barométricas (pressão atmosférica em superfície) atuando nas latitudes médias da América do Sul.

Neste momento, as condições do tempo são definidas por uma área de alta pressão de 1032 hPa que está a Leste da foz do Rio da Prata, associada a uma massa de ar frio que trouxe o frio das últimas horas.

Justamente o posicionamento desta área de alta pressão sobre o Prata na madrugada fez com que as menores temperaturas na madrugada de hoje ocorressem no Sul gaúcho com marcas ao redor ou abaixo de 5ºC na fronteira com o Uruguai e na Campanha.

Por outro lado, há uma área de menor pressão atmosférica com ar quente entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul que começa a gerar instabilidade no Paraná e vai trazer chuva para vários pontos do Sul do Brasil amanhã.

Justamente o contraste de pressão atmosférica e de temperatura entre estes dois sistemas acaba por gerar o tempo mais ventoso que se observa ao longo desta terça-feira no Rio Grande do Sul.

A tendência é de o vento persistir nas próximas horas, seguindo até o começo da quarta. As rajadas, em média, ficam entre 30 km/h e 50 km/h, mas em alguns pontos, especialmente por efeito de topografia (relevo e construções) devem atingir de 50 km/h a 70 km/h.