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O mau tempo que castigou o Uruguai na sexta-feira e no fim de semana provocou uma morte e deixou centenas de desabrigados. Vários departamentos do Centro e do Norte do país foram castigados por chuva muito intensa a extrema com acumulados em alguns locais entre 200 mm e 300 mm. A situação foi mais grave nos departamentos de Cerro Largo e Treinta y Tres que enfrentaram importantes inundações. Em Melo, moradores descreveram a enchente como a pior desde 1998. Rios como Jaguarão e Yi saíram dos seus leitos, agravando as inundações. Houve bloqueios de rodovias (El Pais/Reprodução).

No Chuí, a chuva perto de 200 mm em alguns pontos começou a cair no fim da tarde de sexta e não parou mais. O vento forte acompanhou o alto volume de água. Segundo a Brigada Militar, as ruas ficaram alagadas, mas não havia registro de desabrigados. Em Jaguarão, a situação é mais crítica. A precipitação alcançou 260 milímetros. O rio Jaguarão subiu quatro metros, saiu do leito e avançou em direção à zona de free shops em Rio Branco. Alguns proprietários protegiam as mercadorias caso a água começasse a entrar nas lojas. A Defesa Civil informou que seis famílias foram removidas para o Ginásio Integração e o antigo posto da vila Vencato, no lado brasileiro. A ação de auxílio prosseguiu com ajuda do Exército. Cerca de 40 profissionais trabalharam na remoção da população para os abrigos (fotos de Jaguarão de Rodrigo Gonçalves).



O Uruguai ainda sofreu com vento forte. As rajadas chegaram a 94 km/h na noite deste domingo nas imediações do bairro do Prado, em Montevidéu. No Aeroporto de Carrasco, às 23h30m, foi registrada uma rajada de 78 km.h. Vento muito forte também ainda em outros pontos do Sul e do Leste do Uruguai. Na capital, a ventania provocou quedas de galhos de árvores, virou contêineres de lixo e causou a queda de fios elétricos (fotografia da Rambla em Montevidéu por Maria Celina McCall).


Atenção – O tempo segue instável no Rio Grande do Sul hoje e amanhã, mas preocupa o risco de vento forte nesta terça-feira no Sul e no Leste do Estado devido a um ciclone extratropical no Atlântico a Sudeste do Chuí. Hoje, muitas nuvens, chuva e garoa na maioria das regiões gaúchas com baixos volumes na maior parte dos pontos. Amanhã, a instabilidade será típica de circulação ciclônica com variação de nuvens, aberturas de sol e pancadas localizadas de chuva. Modelos divergem sobre a força do vento, mas o Sul e o Leste do Estado podem ter fortes rajadas nesta  terça-feira, especialmente no Litoral Sul (Chuí até Rio Grande) e que ocasionalmente podem ficar até acima de 100 km/h. Em Pelotas, podem ficar perto dos 100 km/h, segundo algumas simulações. No Litoral Norte e na região de Porto Alegre deve ocorrer rajadas, porém menos fortes (70 a 90 km/h), de acordo com o modelo americano. Há risco de queda de árvores, destelhamentos e problemas na rede de energia elétrica, especialmente na área de concessão da CEEE no Sul do Estado. A navegação será extremamente desaconselhável no Guaíba, Lagoa dos Patos e costa gaúcha sob risco de naufrágio pelo vento. Ar polar ingressa e o tempo estará seco na maior parte do Rio Grande do Sul no final da terça, exceto no Extremo Sul gaúcho que pode voltar a ter chuva forte amanhã. Quarta e quinta-feira têm sol com madrugadas frias e até geada no interior, antecedendo a volta da chuva durante a sexta-feira.

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