Dois ciclones tropicais (furacões) atuam neste momento no Atlântico Norte. Relativamente próximas, as duas tempestades acabam proporcionando incríveis imagens de satélite da dobradinha de furacões. São os ciclones tropicais Lee e Margot. Apenas um deles oferece risco para áreas continentais da América do Norte.
O furacão Lee, que chegou dias atrás à categoria 5, o máximo da escala Saffir-Simpson de furacões. era uma tempestade de categoria 3 com ventos máximos sustentados de 180 km/h e uma pressão central de 951 hPa no final da manhã de hoje, centrado a cerca de 800 quilômetros ao Sul das Bermudas.
Amanhã e na quinta-feira, Lee contornará uma grande crista de alta pressão no Atlântico Norte, o que levará o ciclone tropical a uma trajetória para Norte com deslocamento mais acelerado. À medida que se move para Morte, Lee também irá aumentar em tamanho e os seus ventos enfraquecerão, embora devam alcançar uma área muito maior.
Lee logo estará se movendo sobre águas mais frias deixadas pela recente passagem dos furacões Franklin e Idalia. Deve atingir a costa no fim de semana com a força de uma tempestade tropical. Perto de tocar terra, Lee estará passando por uma transição para uma tempestade pós-tropical, ou seja, será um ciclone extratropical.
O grande tamanho de Lee significa que a tempestade trará fortes chuvas para uma grande parte da costa do Atlântico do Canadá e o Nordeste da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. Chuva não é bem-vinda porque a Nova Inglaterra teve um dos verões mais chuvosos já registrados e muita chuva deve gerar inundações.
Já Margot é uma tempestade que vai ficar em mar aberto e não oferece risco ao continente. A tempestade tropical Margot se tornou o quinto furacão da temporada do Atlântico de 2023 no fim da tarde de ontem. Com base na média de dados de 1991-2020, o quinto furacão no Atlântico normalmente ocorre em 15 de outubro e neste ano já se dá na primeira quinzena de setembro, indicando uma temporada mais ativa que o normal.