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A segunda metade de maio será marcada por pouca ou nenhuma chuva na maior parte da porção Centro-Sul do Brasil e com grande amplitude térmica no momento inicial e máximas elevadas com calor na sequência. É o que indica a projeção da MetSul Meteorologia para os próximos quinze dias.

A primeira semana do mês teve como grande destaque uma sequência longa de dias chuvosos em que os volumes foram muito altos no Rio Grande do Sul com acumulados de 200 mm a 300 mm em muitos municípios e que passaram de 300 mm em alguns.

Choveu, por exemplo, 308 mm em Caçapava do Sul, 287 mm em Ijuí, 284 mm em Roque Gonzales e 281 mm em Lavras do Sul. Em Bagé, onde a precipitação somou quase 170 mm, os acumulados permitiram reduzir o racionamento de água de 18 para 13 horas por dia. No Sul de Porto Alegre, a chuva somou 170 mm em Belém Novo.

A segunda semana do mês, entretanto, foi marcada pelo ingresso de uma massa de ar seco e frio que deu início a uma sequência de dias com predomínio do sol e noites frias que continua até agora.

Porto Alegre, por exemplo, tem hoje o oitavo dia seguido com mínima abaixo da média. Os três estados do Sul amanheceram hoje com temperatura negativa e a região tem geada todo os dias já há uma semana.

A massa de ar seco é de grande extensão e garante tempo firme há dias no Sul e na maior parte do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil. Com o ar seco, esfria demais à noite e a amplitude térmica é grande assim como as diferenças de microclima.

A cidade de São Paulo amanheceu hoje com 3,9ºC na zona Sul e 13ºC no Centro. No interior de São Paulo fez 7ºC hoje cedo. No Mato Grosso do Sul, a mínima desceu a 7ºC. O estado de Goiás e o Triângulo Mineiro anotaram mínimas de até 8ºC.

Chuva na segunda quinzena

A segunda metade de maior deve ser predominantemente seca com precipitação abaixo a muito abaixo da média no Centro-Sul do Brasil, conforme a análise da MetSul Meteorologia. A chuva será mais escassa principalmente no Centro-Oeste e no Sudeste, onde se instala a estação seca e em muitos locais sequer deve chover nesta segunda metade do mês.

O mapa acima mostra a projeção de anomalia de chuva para os próximos quinze dias do modelo climático norte-americano CFS em que se observa a tendência de chuva abaixo da média generalizada no Centro-Sul do país.

No Sul do Brasil, a segunda quinzena reserva chuva, mas com baixos volumes na maior parte das localidades. Onde mais deve chover é no Oeste e no Sul gaúcho. Nas demais áreas do Sul, as precipitações não tendem a ser volumosas, conforme os dados de hoje. A instabilidade se dá mais a partir do fim de semana próximo e na semana que vem.

Temperatura na segunda metade do mês

Uma massa de ar muito seco cobre o Centro-Sul do Brasil neste momento. Ar mais quente está a ingressar no Sul do país, mas mesmo assim as noites seguem muito frias porque a atmosfera extremamente seca favorece um intenso resfriamento noturno e as mínimas baixas.

O mapa traz a projeção de anomalia de temperatura para os próximos quinze dias do modelo climático norte-americano CFS. Como se vê, a perspectiva é de temperaturas acima da média no período no Sul, Centro-Oeste e no Sudeste.

É fundamental enfatizar que, apesar do indicativo de temperaturas médias acima da climatologia de maio, as noites seguem frias a muito frias em muitos dias ainda desta segunda quinzena de maio, em particular na semana atual com geada em baixadas das áreas de maior altitude do Sul do Brasil e da Serra da Mantiqueira entre São Paulo, Rio de Janeiro e o Sul de Minas Gerais.

A partir da semana que vem é que são esperadas mínimas mais altas assim como máximas mais elevadas. Aliás, vários dados indicam a possibilidade de tardes de calor nesta segunda metade do mês, tanto no Sul como no Sudeste, em particular a partir da próxima semana. Os mesmos dados apontam temperaturas de até 30ºC ou mais no Rio Grande do Sul em algumas tardes.

Como consultar os mapas

Todos os mapas neste boletim podem ser consultados pelo nosso assinante (assine aqui) na nossa seção de mapas. A plataforma oferece ainda mapas de chuva, geada, temperatura, risco de granizo, vento, umidade, pressão atmosférica, neve, umidade no solo e risco de incêndio e raios, dentre outras variáveis, com atualizações duas a quatro vezes ao dia, de acordo com cada simulação. Na seção de mapas, é possível consultar ainda o nosso modelo WRF de altíssima resolução da MetSul.