Mais chuva no Norte do Brasil em razão da atuação no período da ZCIT com tempo seco no Sul do país sob clima outonal e previsão do tempo de frio

Clima mais outonal se instala e a previsão do tempo é de menos chuva no Centro do Brasil. Zona de Convergência Intertropical define as áreas de maior volume de chuva nos próximos dez dias. Assim, choverá mais entre o Norte e o Nordeste do país no período com 150 mm em alguns pontos.

SUL

O domínio do ar mais seco irá garantir uma sequência de dias com sol e previsão de frio nas manhãs e madrugadas nesta última semana de abril, má notícia diante da estiagem. Clima tipicamente outonal com previsão do tempo de menos chuva e mais frio, comum em abril e maio.

Com efeito, a chuva demora a retornar e somente a partir do dia 3 ou 4 de maio uma frente fria irá avançar pelo Sul do país e poderá provocar episódios de chuva, especialmente entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os volumes serão baixos e irregulares sobre o Paraná. 

Todavia, alguns prognósticos até indicam chuva mais volumosa para o Sul do país, porém não convergem com a solução da maior parte do pacote de modelos analisados pela equipe da MetSul.

SUDESTE

Prognósticos revelam um período de escassez de precipitação no interior da região. Por outro lado, na faixa litorânea de São Paulo, em parte do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sudeste de Minas Gerais poderão ocorrer pancadas de chuva nos próximos dias por conta do avanço de uma frente fria. 

A instabilidade será mais ativa no litoral e eventualmente poderá chover forte com acumulados que em alguns pontos poderão alcançar 25 a 50 mm. 

Entretanto, a partir de quinta-feira a frente fria se afasta e a previsão é de vários dias consecutivos sob o domínio do ar mais seco com a presença do sol em toda a região.

CENTRO-OESTE

Os últimos dias do mês de abril terão a presença do ar seco e dias ensolarados em boa parte de Mato Grosso do Sul, Goiás e Metade Sul de Mato Grosso.  Em conseqüência disso, a umidade relativa do ar entra em declínio e eleva o potencial para ocorrência de incêndios em pontos da região.

Posteriormente, no começo do mês de maio, a instabilidade se espalha por Mato Grosso e poderá gerar pancadas esparsas de chuva, sobretudo em municípios da Metade Norte e Oeste. Em geral, a expectativa é de acumulados entre 25 e 50 mm em todo o período. Em algumas áreas do Noroeste do Estado o volume poderá passar de 100 mm, contudo ressalta-se que esta possibilidade é pontual.

NORDESTE

A Zona de Convergência Intertropical ainda comanda a distribuição da chuva na região neste período e há a expectativa dos maiores acumulados de precipitação ocorrerem no setor Norte, sobretudo entre os estados do Maranhão e Rio Grande do Norte. Nessas áreas as simulações indicam volumes entre 100 e 200 mm. Com efeito, destaca-se ainda parte do interior da Paraíba, Leste de Pernambuco, interior de Alagoas e Sergipe que poderão ter volume ao redor de 40 mm a 80 mm. 

Entretanto, no Sul do Piauí, Oeste de Pernambuco e grande  parte da Bahia a chuva será escassa com muitos períodos de sol que podem agravar a situação de estiagem e seca que já afeta a região.

NORTE

A umidade abundante associada à atuação da ZCIT estimula as pancadas diárias de chuva, especialmente entre os estados do Amapá, Roraima, Norte do Amazonas, Pará e parte Norte do Tocantins. 

Para estas áreas modelos indicam volumes superiores a 150 mm até o começo do mês de maio. Já entre Rondônia, Acre, Tocantins e o Sul do Pará e Amazonas, a chuva também ocorre com certa freqüência, contudo alternando com períodos mais longos de sol. Diante disso, os acumulados serão menores e em muitas áreas não irão atingir sequer 25 mm.