O município de Constantina, no Noroeste do Rio Grande do Sul, ainda contabiliza os estragos deixados por um intenso temporal que atingiu a localidade na tarde do dia de Natal. Um forte vendaval destelhou casas e prédios, derrubou árvores e destruiu estruturas como galpões e pavilhões de empresas. A tempestade, apesar de severa, não deixou feridos e teve como saldo apenas danos materiais. Houve danos sérios à rede de energia do município com mobilização de técnicos da RGE para fazer os reparos a fim de restabelecer o serviço à população.

O forte temporal da tarde de Natal tem todas as características de um evento severo de vento destrutivo muito localizado, mas as informações são escassas para a caracterização de qual fenômeno se tratou. Se foi uma microexplosão ou houve a formação de um tornado na localidade.

A tempestade severa em Constantina foi resultado da formação de fortes áreas de instabilidade associadas ao intenso calor que fazia na região. A máxima na tarde do dia 25 chegou a quase 38ºC no Noroeste gaúcho, o que formou nuvens muito carregadas em pontos isolados. Na mesma tarde, um temporal de granizo atingiu o município de Nicolau Vergueiro, no Norte gaúcho, com danos.

E Justamente o calor com a maior umidade é responsável pela formação destas áreas de instabilidade que provocam chuva e temporais de verão isolados. São formações tão localizadas que estas pancadas de verão não raro acabam atingindo apenas parte de uma cidade e os volumes acumulados de um bairro para outro costumam discrepar muito, diferentemente do que ocorre com as frentes frias mais comuns no inverno em que a chuva, mesmo variando de um local para outro, tende a ser mais homogênea e generalizada.