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O ciclone que provocou vento forte a intenso em vários estados do Sul e do Sudeste nesta quarta-feira se afasta do continente ao longo desta quinta, mas ainda deve deixar o tempo ventoso em áreas costeiras do Sul do país e no Leste de São Paulo.

NOAA/NASA

No Rio Grande do Sul, o impacto maior do ciclone se deu com temporais e até um tornado em Flores da Cunha na segunda e a chuva que foi excessiva a extrema em muitas cidades com acumulados que passaram de 100 mm na Grande Porto Alegre e de 300 mm no interior, causando alagamentos, enxurradas e inundações.

Os ventos ciclônicos esperados para esta quarta-feira, no entanto, ficaram abaixo do esperado com rajadas muito inferiores ao que era projetado pelos modelos numéricos de previsão do tempo.

Dados de estações meteorológicas indicaram até o começo da noite rajadas de 105 km/h em Rolante, 89 km/h em Rio Grande, 77 km/h em Camaquã e 71 km/h em Mostardas e Cambará do Sul.

Municípios da região Sul do estado registraram transtornos em consequência do ciclone. Coordenadorias municipais da Defesa Civil divulgaram balanço dos atendimentos, que envolveram queda de árvores, danos estruturais, postes derrubados e casas invadidas pela água.

Em Pelotas, um dos prejuízos mais significativos foi o desabamento parcial do antigo Colégio Medianeira, no Círculo Operário, onde uma parede cedeu durante a ventania.

Em Rio Grande, a Defesa Civil registrou a queda de postes em diferentes pontos da cidade. A coordenadoria municipal acionou a concessionária de energia para reparos e mobilizou equipes da prefeitura e do Corpo de Bombeiros para atendimento das ocorrências e desobstrução de vias.

Em Tapes, os ventos fortes provocaram danos na cobertura de um ponto comercial. Técnicos foram ao local para avaliar riscos estruturais e orientar os responsáveis. Já em Turuçu, houve falta de energia elétrica em grande parte da cidade.

A tendência para as próximas horas e ainda parte da quinta indica rajadas esporádicas de 50 km/h a 70 km/h, mas que isoladamente podem ser superiores. O período mais crítico, conforme as simulações por computador, já passou no Rio Grande do Sul, apesar que o vento ainda sopra por momentos com rajadas em parte do estado.

O maior impacto foi a chuva com acumulados de 317 mm em Amaral Ferrador, 280 mm em Dom Feliciano e Sertão Santana, 269 mm em Canguçu, 254 mm em Venâncio Aires, 251 mm em Camaquã, 224 mm em Piratini, 221 mm em Cerrito, 220 mm em São Lourenço do Sul e 212 em Cerro Grande do Sul.

Um grande número de municípios registrou entre 100 mm e 200 mm em diversas regiões do estado, inclusive na Grande Porto Alegre, onde a precipitação somou 119 mm em Alvorada, 115 mm em Sapucaia do Sul, 108 mm em Gravataí e 100 mm em Barra do Ribeiro.

Embora o ciclone se afaste do estado nesta quinta-feira, sua circulação ainda traz mais nuvens e chance de precipitação isolada no Leste do estado no começo do dia. No decorrer da quinta, o sol aparece com nuvens em todas as regiões. Da tarde para a noite, vão avançar áreas de instabilidade isoladas do Uruguai para áreas perto da fronteira e da Campanha com chance de chuva e talvez granizo em pontos isolados.

O dia começa com marcas agradáveis na maioria das cidades  do Rio Grande do Sul e a tarde será quente, mas sem forte calor. O vento sopra com rajadas esporádicas ainda perto da costa, mas na maior parte do estado será fraco a moderado.

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