Imagens de satélite mostram instabilidade mais forte na tarde desta quinta sobre Santa Catarina com evolução para o Paraná e há risco de chuva localmente forte e temporais de vento e granizo | NOAA

Volumes muito altos de chuva foram registrados no Centro e na Metade Norte do Rio Grande do Sul com acumulados acima de 100 mm em diversas regiões e marcas isoladas acima dos 200 mm. Choveu muito, por exemplo, no Noroeste, no Médio e no Alto Uruguai, nas Missões, no Alto Jacuí, no Centro-Serra, na Serra e em áreas mais ao Norte da Grande Porto Alegre e do Vale do Paranhana. A água caiu em abundância ainda em parte de Santa Catarina e na Tríplice Fronteira, no Paraná.

Pontos de medição do Centro Nacional de Previsão de Desastres (Cemaden) registraram até o final da manhã desta quinta-feira acumulados de 224 mm em Santa Rosa, 180 mm em Redentora, 178 mm em Ijuí, 163 mm em Horizontina, 151 mm em Entre-Ijuís, 127 mm em Caxias do Sul, 121 mm em Soledade, 113 mm em Fontoura Xavier, 105 mm em Passo Fundo, 103 mm em Nova Petrópolis, e 102 mm em Igrejinha e Três Coroas. Dezenas de outras cidades monitoradas pelo órgão anotaram entre 50 mm e 100 mm.

Já estações do Instituto Nacional de Meteorologia apontaram até o fim da manhã desta quinta volumes de 163 mm em Frederico Westphalen, 134 mm em Santo Augusto, 124 mm em Palmeira das Missões, 113 mm em Soledade, 101 mm em Serafina Correa, e 100 mm em Ibirubá. Estações particulares no mesmo período apontaram 168 mm em Cerro Largo, 154 mm em Lagoão, 153 mm em Santo Augusto, 141 mm em Arvorezinha, 123 mm em Fortaleza dos Valos, 118 mm em Espumoso, 113 mm em Carazinho, 109 mm em Santo Ângelo, 103 mm em São Lourenço das Missões, 101 mm em Riozinho, e 100 mm em Pontão.

Na Grande Porto Alegre, a chuva foi mais volumosa na área Norte da região metropolitana. O acumulado até o final da manhã chegou a 88 mm em Campo Bom. Com isso, a chuva deste mês na cidade do Vale do Sinos atinge 200,6 mm, muito acima da média histórica mensal de 122,4 mm. Mais ao Sul, as precipitações atingiram até 35 mm em Canoas e 30 mm em vários bairros da cidade de Porto Alegre. Gravataí anotou 45 mm e Sapucaia do Sul 44 mm.

Choveu muito ainda no Oeste e no Meio-Oeste catarinense e no Sudoeste do Paraná. Conforme dados da Epagri-Ciram, os volumes até o fim da manhã foram de 192 mm em Anchieta, 158 mm em Dionisio Cerqueira, 155 mm em Romelândia, 141 mm em Maravilha e Coronel Freitas, 132 mm em Águas Frias, 123 mm em Mondaí, 122 mm em Itapiranga, 119 mm em Chapecó e 115 mm em Pinhalzinho, dentre outros registros acima de 100 mm. No Paraná, no mesmo período, choveu 117 mm em Foz do Iguaçu.

Os volumes de chuva em Santa Catarina, no Norte do Rio Grande do Sul e no Paraná estão longe de serem definitivos. Isso porque a tendência é a chuva persistir nestas regiões da tarde para a noite desta quinta-feira e ainda durante a sexta, o que fará com que os acumulados já elevados se tornem muito altos em diversas cidades. Na sexta, contudo, não chove na maior parte do Rio Grande do Sul e a instabilidade vai se concentrar entre o Nordeste e o Nordeste gaúcho e o estado do Paraná com alto risco de temporais isolados no território paranaense.

O sol aparece com nuvens em parte do Rio Grande do Sul nesta sexta, mas no Norte e no Nordeste do Estado o dia ainda terá abundante nebulosidade com muitas horas de céu nublado a encoberto. O tempo tende a ficar mais aberto com a presença do sol em cidades do Oeste, do Centro e do Sul gaúcho.

Persistirá a possibilidade de chuva e garoa na Metade Norte, especialmente em cidades mais perto de Santa Catarina do Noroeste e do Norte gaúcho assim como na Serra e no Litoral Norte. Na segunda metade do dia, a nebulosidade entra em gradual diminuição nestas regiões. A frente fria atua mais sobre Santa Catarina e o Paraná, onde chove em muitos municípios e com forte intensidade em diversos pontos, o que deve trazer altos volumes em algumas localidades. Segue o risco ainda de temporais isolados, especialmente no Paraná.