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Resgates prosseguem mesmo com chuva e se concentram em salvar muitos animais ainda presos na inundação na Grande Porto Alegre | MATEUS BONOMI/ANADOLU/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A chuva prossegue neste sábado no Rio Grande do Sul enquanto muitas áreas do estado ainda sofrem com inundações, especialmente na Grande Porto Alegre e nas margens da Lagoa dos Patos, no Sul gaúcho. Uma frente semi-estacionária encontra-se neste sábado sobre o território gaúcho, provocando chuva principalmente na faixa central do estado, em torno do paralelo 30ºS, o que inclui a área de Porto Alegre.

A chuva é um complicador para os resgates, especialmente os aéreos, porque nuvens baixas reduzem o teto para as aeronaves e limitam a visibilidade horizontal dos pilotos. Os resgates em superfície, nas áreas inundadas, completam uma semana e prosseguem ainda neste sábado.

Mesmo com o recuo das águas em vários locais ainda há trabalhos de voluntários e das forças públicas. Os esforços se concentram principalmente em salvar animais, uma vez que quase todas as pessoas de áreas alagadas já deixaram suas moradias na região metropolitana.

Os acumulados de chuva desde ontem até o final da manhã desta sábado na rede do Instituto Nacional de Meteorologia somavam 97 mm em Cambará do Sul, 87 mm em Serafina Corrêa, 51 mm em Rio Pardo, 47 mm em Porto Alegre, 46 mm em Tramandaí, 45 mm em Santa Maria, 44 mm em São Vicente do Sul e 42 mm em Vacaria. Estações do Cemaden indicavam entre 50 mm e 70 mm em pontos do Vale do Taquari, Serra e Litoral Norte.

O nível do Rio dos Sinos seguia baixando no Vale na manhã deste sábado com medição de 6,66 metros na régua do município de Campo Bom. No pico, passou de 8,50 metros. Apesar disso, muitas áreas dos vales seguem com água, apesar de mais baixa. Da mesma forma o Gravataí está em declínio.

Em Porto Alegre, o nível do Guaíba na manhã deste sábado continuava baixando e estava em 4,60 metros no final da manhã, mais de 70 centímetros abaixo do pico do último fim de semana. O religamento de bombas permite que a água baixe em alguns bairros, como Menino Deus, Praia de Belas e Cidade Baixa.

O Guaíba deve continuar baixando, mesmo com chuva. O que move para cima e para baixo o nível do Guaíba são vazão de rios afluentes e vento. O problema é a próxima semana. Na semana que vem vai chegar toda a água, e será muita, que caiu ontem e cairá neste fim de semana nos rios que desembocam em Porto Alegre.

O Guaíba estará mais baixo que agora, o que é uma excelente notícia, mas a segunda onda de vazão pela chuva pode voltar a elevar o nível. Outro complicador será o vento. A primeira metade da semana que vem terá vento Sul, o que estanca a queda ou favorece nova alta.

Este fim de semana será de instabilidade no Rio Grande do Sul. Os maiores volumes de chuva vão se concentrara na Metade Norte hoje e amanhã com precipitações localmente fortes a intensas com alagamentos. Na Metade Sul, os volumes são muito menores. Pode chover por vezes muito forte, especialmente neste domingo, em cidades do Vales, Grande Porto Alegre, Serra e Litoral Norte.

Na segunda, o tempo segue instável no estado com chuva e garoa, entretanto já ocorrem intervalos de melhoria com chance de aberturas de sol em algumas áreas. O tempo melhora com muito menos nuvens e sol na terça à medida que ingressa uma forte massa de ar frio com baixa sensação térmica, o que vai trazer um amanhecer de quarta gelado, com mínimas de inverno e geada em diversas cidades.

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