Chuva no Paraná vai seguir escassa e tendência é estiagem se agravar no curto prazo | SANEPAR/Divulgação

A frente fria que ingressou no Sul do Brasil e traz instabilidade no Rio Grande do Sul vai provocar pouca ou nenhuma chuva no Paraná, ao menos na maioria das regiões do estado. É o que antecipa a MetSul Meteorologia com base na análise dos seus modelos de projeção atmosférica.

Com efeito, a frente fria que agora atua no Rio Grande do Sul e vai até provocar chuva forte e volumosa em pontos do território gaúcho e de Santa Catarina, ao avançar para o Norte deve perder atividade e provocar pouca precipitação. No caso do Paraná, a chuva deve se concentrar mais no Sul e no Leste do Estado sem que se espere chuva em vários pontos do interior paranaense.

Os mapas abaixo, disponíveis aos assinantes nas seções de mapas, mostram as projeções de chuva dos modelo WRF, até 9h de sexta-feira, e do modelo alemão Icon, igualmente até 9h de sexta-feira. Observa-se, claramente, a tendência de pouco ou nada chover em quase todo o Paraná com a chegada desta frente fria.

Levantamento do instituto curitibano Simepar com base em dados de suas estações indicou que o Paraná teve um dos meses de abril mais secos já registrados. Curitiba e mais sete cidades do estado tiveram o abril mais seco em ao menos 24 anos. Somente em Guaratuba, na costa, a chuva ficou acima da média no mês.

Em Londrina, no Norte paranaense, choveu míseros 0,6 mm em abril, quando a média histórica é de 85,1 mm. Em Curitiba, a precipitação somou em abril tão-somente 10,7% da média histórica de 81,6 mm. Em Maringá, 4,7% da média de 71,3 mm. Cascavel, por sua vez, teve 2,8% da média mensal de 133,3 mm. Em Foz do Iguaçu, a precipitação foi um pouco melhor, mas ainda insuficiente com 41,3% da média mensal de 147,1 mm. Em Pato Branco foram 2% da média de 146,7 mm. Em Ponta Grossa, 10,9% da média de 87,8 mm. E, por fim, Ponta Grossa anotou 10,9% da média histórica de 87,8 mm. 

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Em razão da prolongada estiagem e pouca chuva no Paraná, o que vem de muito tempo, Curitiba e outras cidades da região metropolitana enfrentam racionamento de água desde abril do ano passado, logo por um ano. Com o agravamento recente da estiagem, a água passou a ser racionada também em cidades do Sudoeste paranaense.