A MetSul Meteorologia antecipa que o padrão atmosférico de várias semanas de clima excepcionalmente seco e quente na cidade do Rio de Janeiro vai finalmente chegar ao fim com o retorno da chuva.
Rio de Janeiro passará a ter dias com maior nebulosidade e chuva frequente em ruptura com o padrão das últimas várias semanas | FABIO PORCIÚNCULA/AFP/METSUL
Os dados analisados pela MetSul Meteorologia indicam que a chuva deve voltar a ocorrer com frequência na capital fluminense a partir desta segunda metade da semana.
O prognóstico da MetSul aponta que que todos os dias até ao menos o dia 20 terão chance de chuva na cidade do Rio de Janeiro. Se não chover em todos, a tendência é que chova na cidade na esmagadora maioria dos dias até o dia 20, último dia do verão astronômico.
A chuva na cidade do Rio de Janeiro tende a ocorrer nestes dias mais da tarde para a noite, mas em alguns dias deve se dar mais cedo, conforme as projeções dos modelos numéricos.
A chuva deve ser predominantemente fraca a moderada, por vezes e isoladamente poderá ser forte com acumulados mais altos em curto período.
O retorno da chuva mais frequente terá um efeito moderador na temperatura. O tempo não deixa de ser quente e abafado, mas a ocorrência frequente de precipitação impede extremos de temperatura, ou seja, trará a temperatura para valores mais perto do que é normal.
Esta mudança no padrão atmosférico vai encerrar um longo e atípico período seco. Na rede do Alerta Rio, o serviço de Meteorologia da Prefeitura do Rio de Janeiro, a estação de monitoramento com maior volume de chuva até agora nos primeiros 12 dias de março é a de São Cristovão com 11,6 mm.
A grande maioria das dezenas de pontos de monitoramento registra precipitação até agora em março inferior a 5 mm e quase 20 estações sequer anotaram chuva até o momento em março.
Esta primeira metade de março de chuva muito abaixo da média ocorre depois de um fevereiro que foi excepcionalmente seco na cidade do Rio de Janeiro com precipitação muitíssimo abaixo do normal.
Veja na tabela com dados de precipitação a seguir os totais de chuva registrados na rede do Alerta Rio da prefeitura carioca durante o mês de fevereiro.
| Nº | Estação | Chuva no Mês (mm) |
|---|---|---|
| 1 | Vidigal | 0.6 |
| 2 | Urca | 0.0 |
| 3 | Rocinha | 0.0 |
| 4 | Tijuca | 0.0 |
| 5 | Santa Teresa | 0.0 |
| 6 | Copacabana | 0.0 |
| 7 | Grajaú | 0.0 |
| 8 | Ilha do Governador | 0.0 |
| 9 | Penha | 0.0 |
| 10 | Madureira | 0.0 |
| 11 | Irajá | 0.0 |
| 12 | Bangu | 0.0 |
| 13 | Piedade | 2.2 |
| 14 | Jacarepaguá/Tanque | 0.6 |
| 15 | Saúde | 0.0 |
| 16 | Jardim Botânico | 0.0 |
| 17 | Barra/Barrinha | 0.0 |
| 18 | Jacarepaguá/Cidade de Deus | 0.0 |
| 19 | Barra/Riocentro | 1.4 |
| 20 | Guaratiba | 0.0 |
| 21 | Est. Grajaú/Jacarepaguá | 0.0 |
| 22 | Santa Cruz | 0.8 |
| 23 | Grande Méier | 0.2 |
| 24 | Anchieta | 0.6 |
| 25 | Grota Funda | 0.2 |
| 26 | Campo Grande | 3.0 |
| 27 | Sepetiba | 0.2 |
| 28 | Alto da Boa Vista | 3.2 |
| 29 | Av. Brasil/Mendanha | 0.0 |
| 30 | Recreio dos Bandeirantes | 0.6 |
| 31 | Laranjeiras | 0.0 |
| 32 | São Cristóvão | 0.0 |
| 33 | Tijuca/Muda | 0.0 |
A escassez de chuva das últimas várias semanas foi consequência de um padrão de bloqueio atmosférico associado ao Anticiclone Semi-Estacionário do Atlântico Sul.
Agora, com a atuação de ar mais frio na costa do Sul do Brasil, a umidade retorna para o Rio de Janeiro e favorece a ocorrência de chuva em ruptura com o padrão que vinha se observando nas últimas várias semanas.
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