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Município de Roca Sales, no Vale, do Taquari, foi arrasado pela chuva. Panorama na cidade lembra o de uma zona de guerra após a enchente catastrófica do Rio Taquari, que teve o seu maior pico de cheia desde a épica enchente de 1941. | SÍLVIO ÁVILA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A cada dia que passa, o saldo da catástrofe da chuva se mostra mais terrível. O último balanço oficial divulgado pelo governo do estado no final da tarde deste feriado mostrou que o número de mortos no desastre passou de 40. Agora, oficialmente, são 41 mortos pela chuva no Rio Grande do Sul.

As vítimas fatais são de Cruzeiro do Sul (4), Encantado (1), Estrela (2), Ibiraiaras (2), Imigrante (1), Lajeado (3), Mato Castelhano (1), Muçum (15), Passo Fundo (1), Roca Sales (10) e Santa Tereza (1). Há 25 desaparecidos, número maior que o divulgado no balanço do dia de ontem, sendo 8 em Arroio do Meio, 8 em Lajeado e 9 em Muçum, todas cidades do Vale do Taquari.

O balanço da Defesa Civil Estadual do final da tarde desta quinta-feira apontou ainda 3.037 pessoas resgatadas, 83 municípios afetados, 2.944 desabrigados, 7.607 desalojados e 122.992 afetados. A contabilidade oficial aponta ainda 43 feridos em razão do desastre natural.

O governo federal reconheceu sumariamente neste feriado o estado de calamidade pública de municípios do Rio Grande do Sul afetados pela chuva extraordinária. Após o governo do estado declarar a gravidade da situação na quarta-feira, o quadro agora foi reconhecido também no âmbito da União. A lista inclui 79 cidades abrangidas pelo decreto estadual de ontem.

“Não faltarão recursos, nem financeiros e nem humanos, para a reconstrução dos municípios do Vale do Taquari. O governo está totalmente mobilizado nesse processo de recuperação das cidades e de auxílio a quem teve perdas humanas e materiais. Nós vamos colocar essa cidade em pé muito antes do que as pessoas imaginam”, afirmou o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite hoje em visita ao devastado município de Muçum.