A grande massa de ar seco e muito quente que cobre grande parte do Brasil, responsável pelos 40,1ºC da última segunda-feira aqui no Rio Grande do Sul antes que a frente fria chegasse, ontem trouxe o segundo dia mais quente já registrado em setembro na cidade de São Paulo.

A máxima na estação do Instituto Nacional de Meteorologia no Mirante de Santana, que tem dados desde 1943, foi de 35,4ºC. Foi a maior máxima do inverno de 2019 e a mais alta desde 2 de fevereiro, quando se registrou 35,9ºC. Nos 77 anos de dados da série histórica, somente em 2015 houve um dia de setembro mais quente que o de ontem na cidade de São Paulo. As cinco maiores máximas do mês desde 1943 pela série do Inmet são: 35,5ºC (19/9/2015), 35,4ºC (12/9/2019), 35,3ºC (24/9/2004), 35,2ºC (20/9/1961) e 35,1ºC (27/9/1961).

A quinta-feira também foi escaldante na cidade do Rio de Janeiro. A máxima medida pelo sistema Alerta Rio foi de 41,6ºC na estação do Irajá, a mais alta deste inverno na capital fluminense. Também a capital mineira teve uma quinta-feira escaldante. A temperatura máxima na estação do Instituto Nacional de Meteorologia na Pampulha, em Belo Horizonte, chegou a 35,4ºC.

Dados indicam um forte reforço do ar quente no Centro-Oeste do Brasil nos próximos dias com possibilidade de temperatura ao redor de 45ºC em pontos do Mato Grosso. Mesmos modelos sinalizam calor extremamente incomum e fortíssimo para o Sudeste do Brasil na próxima semana com possibilidade de até 39ºC ou 40ºC na cidade de São Paulo, o que não tem precedentes.  

Atualização: O instituto Nacional de Meteorologia atualizou o dado da máxima ontem na estação do Mirante de Santana, em São Paulo, para 35,9ºC. Com isso, a máxima de ontem na capital paulista foi recorde para o mês de setembro desde o começo das medições em 1943.