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Grande incêndio se espalha nas colinas da área de Monte Grifone e na cidade de Ciaculli, nos arredores de Palermo, Sicília, com chamas ameaçando casas próximas. Os bombeiros sicilianos lutaram dia e noite contra vários incêndios. | STRINGER/ANSA/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A onda de calor extremo leva a população do Sul da Itália ao limite. Centenas de milhares de pessoas enfrentam falta de água e ainda há falta de energia elétrica porque, de acordo com a empresa de eletricidade, os cabos derreteram com o calor extremo que beira os 50ºC há vários dias na região.

Catania tem que lidar com a falta de água devido aos contínuos apagões. A página na internet da e-Distribuzione (empresa do grupo Enel que administra as redes elétricas de média e baixa tensão), que monitora as interrupções de energia, mostra como toda a Sicília está enfrentando um verdadeiro drama. Há falta de eletricidade em várias áreas da ilha.

O calor deixa a Sicília em parafuso: apagões elétricos, torneiras secas e o convite para limitar os condicionadores de ar. Na cidade de Arquimedes, onde a temperatura ultrapassou 46ºC, milhares de famílias na área entre a via Tisia e a via Pitia estão sem eletricidade.

Um problema que as altas temperaturas destes dias podem tornar dramático, especialmente para os muitos doentes e idosos que correm o risco de ficar sem ar-condicionado, mas também sem poder fazer funcionar um simples ventilador. São dezenas de telefonemas aos bombeiros que nada podem fazer nada devido à falta de luz.

Em várias áreas de Catania, por outro lado, não há água. Todas as fábricas de produção da Sidra (empresa detida a 100% pelo Município que gere a rede de água na capital do Etna e em algumas cidades do interior) e outros fornecedores estão parados devido à interrupção no fornecimento de eletricidade. A cidade de Catania – diz Sidra – no momento está quase totalmente sem água.

A E-Distribuzione encontra-se operando em condições de emergência climática excepcional, diz uma nota da empresa de energia. A temperatura é tão alta que não permite a correta dissipação do calor com consequente danos aos cabos subterrâneos que chegam a derreter.

Para enfrentar as consequências dos apagões que afetam principalmente a província de Catania, a empresa está trabalhando há alguns dias numa força-tarefa composta por mais de 420 técnicos, também provenientes de outras regiões, dos quais cerca de 200 são de outras empresas.