Brasil e o Acordo de Paris. O que pensa o brasileiro? Em parceria com o Facebook Data for Good, a Universidade de Yale conduziu uma pesquisa internacional investigando o conhecimento do público sobre mudanças climáticas, atitudes, preferências políticas e comportamento entre usuários do Facebook em mais de 30 países e territórios em todo o mundo em fevereiro de 2021.
A sondagem apurou que, em cada país ou território pesquisado, há um apoio esmagador para a participação no Acordo do Clima de Paris, variando de 96% dos entrevistados na Costa Rica a 74% nos Estados Unidos.
Entre os países participantes da pesquisa, o Brasil ficou em quinto lugar no índice de apoio com 90%, sendo 74% forte apoio e 16% apoio de alguma forma.
Na verdade, mais da metade dos entrevistados em quase todos os países e territórios “apóia fortemente” a participação de seu país ou território no acordo.
Da mesma forma, grandes maiorias em cada país e território dizem que a mudança climática deve ser uma prioridade “alta” ou “muito alta” para seu próprio governo, variando de 91% dos entrevistados no México a 53% na Arábia Saudita. O Brasil ficou em quarto lugar no apoio à ideia que as mudanças climáticas devem ser uma prioridade do governo.
Nos Estados Unidos, 61% dos entrevistados dizem que a mudança climática deve ser uma prioridade “alta” ou “muito alta”, enquanto apenas 22% dizem que deve ser uma prioridade “baixa”.
Yale apurou também que muitos entrevistados querem que seus próprios governos façam mais para lidar com a mudança climática, variando de 89% na Colômbia a 41% na Arábia Saudita, enquanto relativamente poucos dizem que seu governo deveria fazer menos.
O Brasil ficou em terceiro lugar no ranking dos ouvidos que disseram que seus governos deveriam fazer mais para enfrentar as mudanças climáticas.
Nos Estados Unidos, 65% dos entrevistados dizem que o governo dos EUA deveria fazer mais, enquanto apenas 22% dizem que deveria fazer menos.
No geral, Yale encontrou forte apoio público para mais ações climáticas nacionais e globais. Existem também algumas diferenças regionais interessantes.
Por exemplo, os países da América Central e do Sul consistentemente classificam os mais altos nessas medidas. Isso se alinha com a pesquisa conduzida há quase uma década com a Gallup World Poll, descobrindo que o público nesta região do mundo percebeu a mudança climática como uma ameaça pessoal maior do que o público em outras partes do mundo.