O boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, a NOAA, divulgado nesta semana, indicou uma anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central (região Niño 3.4) de -0,7ºC, contra uma anomalia de -0,6ºC na semana anterior. Tal marca indica a continuidade das condições de La Niña com fraca intensidade. No Pacífico Equatorial Leste, na região Niño 1+2, a anomalia foi de -0,9ºC. Na semana anterior, o registro tinha sido de -0,6ºC.

Apesar de flutuações para mais ou menos a cada semana, os indicativos são de que o atual episódio de La Niña já tenha alcançado o seu pico entre o final de 2017 e o começo deste ano, exatamente no período que costumar marcar os ápices dos eventos quentes (Niño) e frios (Niña). Segue a perspectiva, de acordo com a maioria dos modelos climáticos analisados pela MetSul, de enfraquecimento gradual do fenômeno La Niña no restante deste verão. O Pacífico, de acordo com esses modelos, pode passar para uma condição de neutralidade no decorrer do outono. Até lá, o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial vai seguir impactando o nosso clima com irregularidade da chuva aqui no Rio Grande do Sul e que tende a se acentuar neste mês com o agravamento da situação nas localidades sob estiagem.