O último boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, a NOAA, divulgado ontem, indicou uma anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central (região Niño 3.4) de -0,9ºC, marca que indica a continuidade das condições de La Niña com fraca intensidade. No Pacífico Equatorial Leste, a chamada região Niño 1+2, a anomalia foi também de -0,9ºC.
São evidentes os sinais de que o atual evento de La Niña está no seu pico neste momento, na linha de que os modelos climáticos indicavam de que o ápice do resfriamento se daria no começo de 2018. Nos próximos dois a três meses a perspectiva é de gradual enfraquecimento do fenômeno. O Pacífico pode passar para uma condição de neutralidade no decorrer do outono. A irregularidade da chuva que se observa desde o final da primavera no Rio Grande do Sul, com perdas em lavouras de milho e soja de vários municípios, tem relação direta com o processo de resfriamento do Pacífico Equatorial que levou ao episódio em curso do fenômeno La Niña. Por isso, a tendência é da chuva seguir irregular com precipitações abaixo da média em diversas áreas do território gaúcho.