O boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) divulgado nesta semana indica a continuidade das condições de La Niña no Oceano Pacífico Equatorial. Conforme o comunicado, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Central Equatorial, a região denominada Niño 3.4 e usada para classificar a existência de El Niño ou La Niña, foi de -0,8ºC. Na semana anterior, a anomalia tinha sido de -0,7ºC. Por sua vez, no Pacífico Equatorial Leste, nas costas do Peru e do Equador, a chamada região Niño 1+2, o desvio apurado na última semana foi de -1,6ºC contra -1,3ºC na semana anterior. Logo, nas duas principais áreas de análise as mudanças não foram significativas de uma semana para a outra, a despeito do maior resfriamento do Pacífico Leste.

A anomalia negativa de temperatura da superfície do mar hoje na região Niño 1+2 é a maior desde 2013. Modelos climáticos indicam a continuidade no restante deste ano e no começo de 2018 das condições de La Niña no Oceano Pacífico Equatorial. Os efeitos do resfriamento do Pacífico são sentidos neste último bimestre de 2017 no Rio Grande do Sul com a chuva mais irregular e um aumento da frequência de massas de ar frio de trajetória marítima que foi observado em novembro.