Dez pessoas morreram na madrugada de hoje em cidades da Baixada Santista, no litoral do estado de São Paulo, e 44 pestão dadas como desaparecidas após a chuva extrema que atingiu a região. As informações são das autoridades locais.
Segundo o Corpo de Bombeiros, entre os mortos está um bombeiro que atuava no resgate no Morro dos Macacos, na cidade do Guarujá.
A chuva causou inundações em várias ruas das cidades da Baixada Santista e também a interdição de parte de duas rodovias, bloqueadas pela queda de barreiras. Em comunicado, o coordenador estadual da Defesa Civil de São Paulo, coronel Walter Nyakas Junior, disse que está na região para se reunir com os prefeitos das cidades afetadas e avaliar as primeiras necessidades.
Os volumes de chuva foram impressionantes. Até o meio dia desta terça choveu até 350 mm no Guarujá, 330 mm em Santos, e 230 mm em Praia Grande e São Vicente em apenas 48 horas. O acumulado do Guarujá equivale a 350 litros por metro quadrado. Trata-se de um volume excepcional para tão curto período.
Um centro de baixa pressão sobre o Atlântico Sul gera aporte de umidade do mar para o continente. Ao encontrar a barreira da Serra do Mar, o vento úmido que vem do mar ascende na atmosfera e se resfria, gerando chuva orográfica (associada a relevo), que não raro traz volumes extremos.
Tanto a Baixada Santista como a cidade do Rio de Janeiro estão entre o mar e a Serra, estando sujeitos a esse tipo de evento quando avança uma massa de ar pela costa do Sul do Brasil, como é o caso deste começo de semana.