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Uma área de baixa pressão vai reforçar a instabilidade no Sul do Brasil nesta quarta-feira com risco de chuva isoladamente forte a intensa e possibilidade de temporais isolados em que pode ocorrer vento forte e granizo de variado tamanho.

A interação da baixa pressão com ar quente e úmido favorecerá nuvens carregadas, capazes de gerar chuva forte e tempestades muitos localizadas. A instabilidade deve afetar os três estados do Sul, mas tende a ser mais forte no Rio Grande do Sul, onde todas as regiões devem ter chuva no decorrer do dia.

Em algumas cidades, chove já desde o começo do dia. Em outros, a instabilidade vai se dar mais da tarde para a noite, permitindo um maior aquecimento antes da chuva. No geral, a chuva atinge maior número de localidades gaúchas da tarde para a noite.

O sol aparece com nuvens na maioria das cidades gaúchas nesta quarta-feira, embora os períodos de maior nebulosidade. Uma corrente de jato (vento) em baixos níveis traz ar mais quente e o dia será abafado. Pancadas de chuva ocorrem ainda de manhã em alguns pontos, mas a instabilidade será maior na segunda metade do dia, quando deve chover em todas as regiões do estado.

Com a atmosfera aquecida e o tempo abafado, nuvens carregadas devem se formar na segunda metade do dia com chuva localmente forte a intensa com raios e um alto risco de temporais isolados de vento e granizo, de variado tamanho. Os mapas de refletividade do modelo WRF apontem valores condizentes com vários núcleos de forte a intensa instabilidade na segunda metade do dia, capazes de gerar temporais localizados.

O que se prevê de chuva é diferente dos eventos extremos de precipitação que o Rio Grande do Sul enfrentou em setembro, outubro e novembro com cheias de rios. Isso porque aqueles episódios tiveram chuva volumosa em extensas áreas enquanto o que se antecipa agora é chuva intensa mais localizada.

Diante deste cenário, o risco não é de que ocorram cheias de rios e enchentes em diferentes bacias, mas sim de alagamentos ou inundações repentinas por acumulados excessivos isolados, como se viu durante a terça no município catarinense de Rio das Antas.

O Noroeste gaúcho, o Oeste e o Meio-Oeste de Santa Catarina são as regiões de maior risco de chuva localmente volumosa a excessiva em curto período, com possibilidade em alguns pontos de acumulados em poucas horas perto ou acima de 100 mm em setores isolados de algumas cidades, mas não se pode afastar em outras áreas.

A chuva se somará ao que já caiu neste mês e fazer com que algumas cidades superem a média histórica de precipitação de dezembro inteiro ainda na primeira semana do mês. Várias estações dos três estados do Sul reportaram acumulados de 50 mm a 100 mm somente nos primeiros cinco dias de dezembro. Já choveu neste mês 108 mm em Uruguaiana e 91 mm em Passo Fundo, por exemplo.

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