Astronauta registrou do espaço a tempestade solar que atingiu a Terra neste começo de semana depois de um período de grande atividade solar no começo do mês que trouxe a maior erupção no sol desde 2017 e que provocou uma ejeção de massa coronal em direção ao nosso planeta.

MATTHEW DOMINICK/ISS
“Saí dos meus alojamentos de tripulação na ISS para abrir espaço para Nick Hague. Agora durmo no Dragon Endeavor enquanto esperamos para desacoplar. Tiramos a maioria das imagens da cúpula, mas dormir aqui tem sido incrível. Esta é a vista da janela esta noite”, descreveu o astronauta Matthew Dominick.
“Sinto falta da minha família e amigos, mas teríamos perdido a aurora insana de hoje se tivéssemos desacoplado”, narrou sobre o espetáculo de cores no planeta Terra que pôde presenciar da posição privilegiada do espaço.
As auroras boreais puderam ser vistas de vários estados norte-americanos na noite de ontem e na madrugada de hoje com condições contínuas de tempestade geomagnética leve a moderada, dias após o sol ter produzido algumas das mais fortes erupções solares em anos.
Os níveis G1 a G2, indicando níveis de tempestade geomagnética leve a moderada, devem continuar ao longo desta terça-feira e diminuirão nos próximos dias, conforme os prognósticos da NOAA.
Algumas das erupções solares mais fortes em anos aconteceram nos primeiros dias de outubro, produzindo auroras na Terra. Uma erupção solar X9.0 aconteceu em 4 de outubro, a mais forte deste ciclo solar e a mais intensa desde 2017, dias após uma erupção solar X7.1 acontecer em 1º de outubro.
A erupção solar X.9 emanou do grupo de manchas solares AR3842, que já havia chamado atenção anteriormente. No dia 1º de outubro, a mesma região de manchas solares disparou uma poderosa erupção solar X7.1 e liberou uma ejeção de massa coronal (CME) — uma pluma de plasma e campo magnético — que atualmente está se dirigindo para a Terra.
As CMEs carregam partículas eletricamente carregadas conhecidas como íons e, quando colidem com a magnetosfera do planeta Terra, podem desencadear tempestades geomagnéticas.
Durante essas tempestades, os íons interagem com gases na atmosfera da Terra, liberando energia na forma de luz. Esse fenômeno é conhecido como aurora boreal no hemisfério norte e como aurora austral no hemisfério sul.
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