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Amazônia do Brasil registrou hoje um número excepcionalmente alto de queimadas que passaram de três mil e superaram por larga margem o “Dia do Fogo” em 2019 | MICHEL DANTAS/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A Amazônia registrou nesta sexta-feira um dos piores dias de fogo de sua história recente, mostram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O número de hoje supera o do famigerado “Dia de Fogo”, como ficou conhecido o 11 de agosto de 2019, quando uma série de queimadas criminosas e coordenadas no Pará fez com que o bioma registrasse 2.366 focos de calor.

De acordo com dados do Inpe, os satélites identificaram 3.224 focos de calor entre 21h de quinta-feira e 21h desta sexta-feira. Trata-se do pior dia de queimadas na Amazônia neste ano, superando o maior número anual de até então de 2.433 focos de calor no bioma no dia 28, ou seja, anteontem.

Os números do Inpe apontam que o Pará foi o estado com maior número de queimadas na região amazônica nesta sexta-feira. Conforme o monitoramento do órgão, somente nesta sexta-feira foram 2.005 focos de calor no Pará, disparado o maior número diário deste ano no estado. O pior dia até então de fogo no Pará era 25 de agosto com 1019 focos de calor.

Com o número anormal e enorme de queimadas desta sexta-feira, a Amazônia soma neste mês 36.088 focos de calor, número muito acima da média histórica de agosto no bioma que é de 26.218. O número de agosto deste ano é o maior na série histórica do mês desde 2010, que anotou 45.018.

O Brasil registrou somente nesta sexta-feira 4.775 focos de calor. O mês  no Brasil soma até o dia 30 um total de 65.377 focos de calor, o mais alto em agosto pelos dados do Inpe desde 2010, que terminou com 90.4434 focos de calor no país.

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