A MetSul alerta para um período de acentuada instabilidade no Sul do Brasil neste fim de maio e no começo de junho e que deve trazer volumes elevados a altíssimos de chuva no período para parte da região. 

Os modelos numéricos por nós utilizados indicam acumulados de precipitação bastante significativos para os próximos dez dias. Os maiores acumulados devem se dar na Metade Norte gaúcha (Missões, Noroeste, Médio e Alto Uruguai, Planalto Médio, Serra e Aparados), em Santa Catarina e no Paraná (Centro, Oeste e Sul). 

Chuva 10 dias – Modelo Canadense

 

Chuva 10 dias – Modelo Australiano

Chuva 10 dias – Modelo Americano

Chuva 7 dias – Modelo Alemão

O modelo meteorológico europeu concentra os volumes mais extremos sobre o Paraná nos próximos dez dias, indicando marcas acima de 150 mm a 200 mm para vários pontos do Centro, Oeste e o Sul paranaense. Para a região de Guarapuava e proximidades, o modelo europeu chega a projetar volumes de 300 mm a 400 mm nesse período de 10 dias.

Diante desse cenário de chuva muito volumosa a extrema no período de sete a dez dias, a MetSul enfatiza o risco de eventos de cheias de rios, alagamentos e inundações. Haverá ainda queda de barreiras em rodovias e prováveis deslizamentos de terra. É muito provável que algumas áreas do Sul do Brasil comecem junho com enchentes. Esse é um risco que identificamos para bacias da Metade Norte gaúcha e Santa Catarina, mas, especialmente, para o Paraná. No caso do Rio Grande do Sul, devido aos volumes altos no Noroeste e no Norte gaúcho, assim como no Oeste Catarinense, não será surpresa uma cheia do Rio Uruguai com enchentes na Fronteira no início de junho. 

A chuva nos próximas dias será por vezes forte a torrencial nestas regiões e o cenário ainda será favorável à queda de granizo. São esperados raios acompanhando a instabilidade em diversos locais, mas em se tratando de fenômenos severos o risco será muito maior de granizo do que vento.