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Já são mais de cem municípios em situação de emergência no Rio Grande do Sul devido à estiagem. A irregularidade da chuva com déficit de precipitação que começou no meio de novembro e se acentuou muito durante dezembro vai prosseguir, alerta a MetSul. E, com isso, mais municípios entre os 496 do Estado devem recorrer à emergência no que resta de fevereiro.

A MetSul adverte que o panorama não é nada alentador. Ontem e nos últimos dias até ocorreram pancadas de chuva pelo Estado, mas são muito localizadas e, em geral, não trazem volumes altos. A água que se precipita logo evapora com o sol e o forte calor.

No próximo fim de semana, sobretudo no domingo, espera-se chuva que vais ser mais generalizada pelo Estado, mas ainda assim muito irregular na distribuição dos volumes, o que fará com que em muitas cidades chova pouco ou quase nada e em algumas os volumes sejam mais altos e, desta forma, satisfatórios.


O problema é que, na sequência, ingressará no Estado no final do domingo e durante a segunda-feira massa de ar mais frio e de alta pressão que deve trazer o predomínio do tempo seco por vários dias seguidos. Em cidades em que chuva do fim de semana for escassa, o quadro tende a se deteriorar ainda mais.

Projeção de anomalia de chuva multimodelos até o fim de fevereiro

Logo, o cenário que se esboça até o dia 20 de fevereiro é de chuva irregular e abaixo da média na maioria das cidades do Rio Grande do Sul com agravamento da estiagem e aumento dos prejuízos no campo, justamente em período da safra de verão que é crítico para a cultura de soja que nesta época do ano tem uma maior demanda hídrica.

Até o momento, o noticiário da estiagem tem se concentrado mais nas perdas observadas no campo, especialmente na safra de milho que teve grave prejuízo, mas nos próximos dias notícias de racionamento de água devem começar a freqüentar o noticiário. Em algumas cidades, os reservatórios de água usados pra abastecimento da população já atingem níveis críticos.

A recomendação, assim, é economizar água. E as autoridades e meios de comunicação desde já deveriam começar a reforça a mensagem acerca da necessidade de uso racional e moderado de água.

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