Os volumes de chuva da segunda e hoje até às 15h na rede oficial do Instituto Nacional de Meteorologia somaram 104 mm no Chuí, 101 mm em Quaraí, 81 mm em Palmeira das Missões, 78 mm em Alegrete, 76 mm em Santo Augusto, 75 mm em Livramento e 73 mm em Tramandaí.
A rede do órgão federal ainda indicou 51 mm em Rio Pardo e Serafina Corrêa, 50 mm em Tupanciretã, 49 mm em São Vicente do Sul, 48 mm em Dom Pedrito, 47 mm em Canela, 46 mm em Soledade, 45 mm em Cruz Alta e Caçapava do Sul, 42 mm em Passo Fundo e Teutônia, e 40 mm em Bagé e Canguçu.
Em Porto Alegre, a chuva na estação do Instituto Nacional de Meteorologia no Jardim Botânico teve 39 mm até o meio da tarde.
A chuva é consequência de um centro de baixa pressão em baixos e médios níveis da atmosfera que está semi-estacionário entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, o que traz instabilidade persistente.
A circulação desta área de baixa pressão vai manter a instabilidade nesta quarta e ainda na quinta-feira no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul com maiores volumes previstos para a faixa costeira, onde os acumulados podem ser excessivos.
O mapa abaixo mostra a projeção de chuva para 72 horas até às 9h da sexta-feira do modelo WRF da MetSul inicializado com o modelo norte-americano GFS. Este modelo pode ser consultado a qualquer hora pelo assinante em nossa seção de mapas (assine aqui).
METSUL
Como se observa, os acumulados de chuva são altos a muito altos principalmente no Sul do estado, na área da Lagoa Mirim e seu entorno, assim como na faixa costeira do Rio Grande do Sul.
Aos volumes de chuva de 70 mm a 100 mm já registrados no litoral gaúcho podem se somar mais 100 mm a 150 mm em alguns pontos entre esta quarta-feira e a quinta-feira, não se descartando até marcas superiores por orografia (relevo) no Litoral Norte.
Com isso, o total de chuva em quatro dias – entre ontem e a quinta-feira – pode atingir marcas de 100 mm a 200 mm em vários pontos do Sul e da costa gaúcha com risco de acumulados superiores a 200 ou 250 mm em alguns pontos.
Diante deste cenário, confirmando-se os acumulados indicados pelos modelos, por certo haverá alagamentos em muitas praias do Sul e do Norte do litoral gaúcho com risco ainda de inundações, especialmente em áreas rurais e perto das lagoas.
Nas demais regiões do estado, embora ainda possa ocorrer chuva e garoa localizada e passageira, a tendência é de diminuição da instabilidade e em vários pontos deverá parar de chover, sobretudo entre o Oeste e o Noroeste do estado.
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