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mês de abril termina muito mais quente que o normal no Rio Grande do Sul. As temperaturas mínimas e máximas ficaram  muito acima da média histórica do mês. Os mapas acima mostram as anomalias da temperatura no mês de abril dos anos de 2018, 2009, 2004, 1993, 1980 e 1970.

Desde de 1961 esses foram os anos que tiveram temperatura máxima acima da média histórica de forma generalizada no Rio Grande do Sul, assim, como foi neste ano, mas olhando a escala de cores é possível notar que em nenhum deles a anomalia é tão alta quanto a ocorrida em 2018.  Portanto, analisando dados de anos anteriores é possível afirmar que este é o mês de abril com as tardes mais quentes até agora neste século 21 no Rio Grande do Sul, o que não há precedentes desde 1961.

Em geral, os dados registrados ficaram em torno de 4 a 6°C acima do que normalmente poderia se esperar. A chuva ficou abaixo da media histórica em grande parte das regiões e justamente a predominância de dias com sol em razão da atuação de um intenso bloqueio atmosférico favoreceu o calor atípico.

Em Porto Alegre, segundo dados do INMET, a média da máxima foi de 28,9°C enquanto que a normal é de 25°C. A média da mínima foi de 19,3°C enquanto que a média histórica é de 16,3°C. A chuva ficou acima da normal histórica, contudo, choveu em apenas 6 dias dos 30. Choveu 103,1 mm enquanto que a média é de 86,1 mm.

O que causou tanto calor nesta época?

Em boa parte do mês a condição de tempo teve a influência de um bloqueio atmosférico que impediu a chegada de frente frias que poderiam trazer chuva e na sequencia massa de ar polar, portanto o bloqueio intenso e persistente que atuou em parte do Sudeste e todo o Sul impediu a ocorrência de dias mais amenos ou frios. Explicando melhor, a presença desta extensa massa de ar seco formou uma especie de “corredor de vento Norte” transportando ar quente de regiões tropicais para o Estado sustentando a temperatura elevada.