A condição meteorológica típica de verão é mais abundante  chuva no Centro e o Norte do país devido a passagem mais lenta de frentes frias sobre a região associada a convergência da umidade da Amazônia que muitas vezes intensifica a chuva e deixa as frentes estacionárias na região gerando assim grandes acumulados de precipitação. Se a umidade está toda concentrada na Metade Norte do país diminui aqui no Sul e por isso o verão tem chuva irregular e “falhada”.

No entanto, existe alguns vetores climáticos e sazonais que podem interferir nessas características. O clima Global está sob influência do fenômeno climático La  Nina que tem reduzido  a chuva nas últimas semanas  no Sul do país. Se sobrepondo a essa influencia de escala global La Nina, pode atuar a oscilação intrasazonal (em menor escala de tempo e não permanente)  Madden Julian também conhecida como oscilação 30 a 60 dias, que se trata de um “pacote” de chuva anômala que viaja para Leste a partir do oceano índico, sobretudo, sobre águas quentes.

Pois bem, nas próximas semanas, sobretudo, depois do 20 essa oscilação poderá trazer expectativa de aumento de chuva no Sul do país e favorecer o retorno da umidade da Amazonia para a região com volumes de chuva mais expressivos e que podem repor a umidade do solo fundamental para o pleno desenvolvimento das culturas de verão.

 

 

 

Nesta semana como já mencionamos no post de ontem a chuva diminui no RS porque a chuva se concentrada no Sul e em Parte do Centro Oeste com acumulados elevados na região. Mapa modelos CFS previsão de volume de precipitação (mm) entre os dias 02 e 07 de janeiro:

Já no mapa de previsão de precipitação de 12 a 17 DE JANEIRO a umidade da Amazonia se espalha entre os estados do Sul e Sudeste distribuindo a chuva por uma região mais ampla com acumulados mais expressivos desde o Uruguai até o interior do Norte do país, passando pelo Rio Grande do Sul:

No período seguinte os volumes de precipitação podem ser expressivos novamente no Rio Grande do Sul, contudo mais concentrados na Metade Norte do Estado.

Entre os dias 22 e 27 os modelos indicam probabilidade de chuva mas com acumulados não muito altos oscilando em torno de 30 mm

 

No período de 27 de janeiro a 01 de fevereiro os modelos indicam período de tempo mais seco e praticamente sem chuva no Estado, dentro do esperado para o padrão desta época do ano.

Já a partir do dia 1° DE FEVEREIRO os modelos indica que a chuva pode aumentar e inclusive com redução no centro do país o que indicaria maior suporte de umidade na direção do Uruguai, Argentina e Rio Grande do Sul.

Os modelos de previsão de quantidade de  chuva servem como um indicativo e não podemos assumir como uma verdade absoluta em termos de volumes. Apesar da oscilação madden julian ser um vetor que de fato indica uma condição mais favorável a chuva no Rio Grande do Sul entre a segunda metade de janeiro e o começo do mês de fevereiro de 2018 é preciso acompanhar as atualizações da previsão, porque sempre pode mudar ainda previsão de médio prazo mais estendida. A equipe da Metsul segue monitorando e  atualizando voce assinante das novidades do tempo e do clima no Rio Grande do Sul e no Brasil.