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Casas destruídas, cenas apocalípticas e pelo menos sete mortos é o saldo da passagem até o momento do catastrófico furacão Beryl por várias ilhas do Caribe. O furacão chegou a alcançar a categoria 5, o máxima da escala Saffir-Simpson com ventos sustentados de 260 km/h e rajadas perto de 300 km/h.

No país caribenho de São Vicente e Granadinas (SVG), o primeiro-ministro descreveu a situação como de “devastação total” provocada pelo furacão Beryl. O cenário é idêntico no vizinho oriental de Granada.

Imagens e vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram cenas apocalípticas em SVG e Granada: casas arrasadas; delegacias de polícia, escolas e hospitais foram danificados; ruas repletas de restos de telhados destroçados, e ondas gigantescas invadindo estradas e propriedades.

Pelo menos quatro pessoas nas Caraíbas e três na Venezuela morreram durante o furacão, que durante a quarta-feira atingiu a Jamaica. Várias mensagens na internet pediam informações sobre familiares nas ilhas SVG de Canouan, Union Island e Mayreau, que juntamente com as ilhas granadinas de Carriacou e Petite Martinique são consideradas entre as mais afetadas.

Na noite de segunda-feira, o primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell, disse numa conferência de imprensa que Carriacou tinha sido arrasado em meia hora. Na terça-feira à noite, depois de visitar Carriacou, descreveu cenas “semelhantes ao Armagedom” de “destruição quase total”, com aproximadamente 98% das estruturas dos edifícios danificadas ou destruídas e uma destruição quase completa da rede eléctrica e dos sistemas de comunicações.

“Tendo visto isso pessoalmente, não há realmente nada que possa prepará-lo para ver este nível de destruição. É quase como o Armagedom. Danos ou destruição quase total de todos os edifícios, sejam eles edifícios públicos, residências ou instalações privadas. Devastação e destruição completa da agricultura, destruição completa e total do ambiente natural. Não há literalmente nenhuma vegetação em nenhum lugar da ilha de Carriacou”, disse ele.

Em vídeo publicado online, o jornalista vicentino Demion McTair descreveu a devastação “impensável”, que comparou às consequências de um bombardeio. “Imagine fogões voando no ar, casas voando, levantando, destruindo e simplesmente indo com o vento. Simples assim… Imagine”, disse uma mulher.

Imagens de satélite em alta resolução da Maxar Technologies captadas a partir do espaço oferecem a dimensão da catástrofe imposta pelo furacão Beryl a várias pequenas nações insulares caribenhas desde o fim de semana com absoluta devastação.

Imagem de satélite mostra o porto de Clifton na ilha Union, São Vicente e Granadinas, em 2 de julho de 2024, após a passagem do furacão Beryl | MAXAR TECHNOLOGIES/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Imagem de satélite de Argyle, na ilha de Carriacou, Granada, em 2 de julho de 2024, com extensos danos causados pelo furacão Beryl | MAXAR TECHNOLOGIES/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Imagem de satélite de Brunswick, na ilha de Carriacou, Granada, em 2 de julho, com os estragos causados pelo ciclone tropical Beryl de categoria 5 | MAXAR TECHNOLOGIES/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Imagem de satélite mostra uma visão geral da ilha Nordeste de Carriacou, Granada, em 2 de julho, depois da passagem do furacão Beryl | MAXAR TECHNOLOGIES/AFP/METSUL METEOROLOGIA

Imagem de satélite da ilha de Carriacou, Granada, em 2 de julho, arrasada pelos ventos acima de 250 km/h durante a passagem do devastador furacão Beryl | MAXAR TECHNOLOGIES/AFP/METSUL METEOROLOGIA

A tempestade é histórica por ter estabelecido vários recordes. Beryl formou-se na sexta-feira no Sudeste das Antilhas e logo se tornou um furacão de categoria 1 no sábado. A sua formação ocorreu “muito mais a Leste do Atlântico do que é habitual nesta época do ano”.

Beryl se transformou no primeiro furacão categoria 4 a ter ocorrido em junho, primeiro mês da temporada de furacões que vai até novembro. Além disso, se tornou o furacão mais precoce de categoria 5 já registrado no Atlântico, ainda no começo de julho, duas semanas antes do mais precoce anterior, o furacão Emily de 2005.

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