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Ciclone extratropical castigou parte do Sul do Brasil durante esta segunda-feira com rajadas de vento muito fortes e em alguns pontos até violentas, confirmando o alerta da MetSul Meteorologia.

Imagem de satélite do ciclone na costa do Sul do Brasil na tarde de hoje | METSUL

O ciclone começou a se formar ainda na noite do domingo sobre o Rio Grande do Sul com ventos de até 80 km/h no Sul gaúcho e estava maduro sobre o Oceano Atlântico na costa gaúcha na manhã desta segunda.

Em alto mar, segundo estimativas de modelos, ao redor do centro do ciclone, as rajadas atingiam mais de 150 km/h. Em terra firme, no continente, a atuação do vórtice do ciclone sobre o Leste gaúcho intensificou muito o vento ontem de manhã.

No Sul do estado, as rajadas chegaram a 102 km/h em Canguçu e a 93 km/h na barra do Porto de Rio Grande. Em Porto Alegre e cidades vizinhas ao Norte da Lagoa dos Patos, a ventania foi mais intensa entre 10h e 12h de hoje.

Estação no clube Jangadeiros, no Sul da capital, anotou 106 km/h às 10h25. No Litoral Norte, o vento deve ter passado dos 100 km/h nas praias pelos muitos danos ocorridos, mas todas as estações do Instituto Nacional de Meteorologia na região estavam fora do ar. Em Osório, estação particular acusou 86 km/h.

Nos Campos de Cima da Serra, estação particular em Cambará do Sul, no paredão da Serra voltado ao litoral, marcou rajada de 127,1 km/h às 8h45. Ainda junto à Serra, Rolante foi a 105 km/h. Na encosta da Serra, no Planalto Sul Catarinense, na Serra do Rio do Rastro, 132 km/h.

Houve danos estruturais, destelhamentos, queda de árvores e postes em diversos municípios. Mais de um milhão de pessoas ficaram sem luz na área de concessão da CEEE Equatorial, a empresa de energia mais atingida pelo vento forte.

Saiba a quanto chegou o vento

Veja a seguir as velocidades do vento nas rajadas mais intensas registradas até o final da manhã desta segunda-feira por estações meteorológicas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Rio Grande do Sul

Cambará do Sul: 127 km/h
Porto Alegre (Zona Sul): 106 km/h
Rolante: 105 km/h
Canguçu: 102 km/h
Igrejinha: 101 km/h
Camaquã: 97 km/h
Rio Grande (Porto): 93 km/h
Santa Maria do Herval: 88 km/h
São Gabriel: 84 km/h
Herval: 84 km/h
São José dos Ausentes: 84 km/h
Mostardas: 81 km/h
Encruzilhada do Sul: 78 km/h
Vacaria: 76 km/h
Capão do Leão: 76 km/h
Morro Reuter: 74 km/h
Viamão: 73 km/h
Canoas: 73 km/h
Dom Feliciano: 72 km/h

Santa Catarina

Serra do Rio do Rastro: 132 km/h
Urupema: 98 km/h
Siderópolis: 88 km/h
Rancho Queimado: 81 km/h
Tubarão: 80 km/h
Major Gercino: 79 km/h
Jaraguá do Sul: 74 km/h
Lages: 71 km/h
Curitibanos: 70 km/h
Araranguá: 70 km/h
Itapoá: 65,1 km/h

O levantamento de vento é prejudicado porque das cinco estações no litoral gaúcho do Instituto Nacional de Meteorologia, órgão federal ligado ao Ministério da Agricultura, quatro estão hoje ou fora do ar ou sem registrar vento: Barra do Chuí, Mostardas, Tramandaí e Torres. Apenas a de Rio Grande está com dados.

Ciclone se afasta e vento diminui

Nesta terça-feira, o ciclone extratropical se afasta do continente e o vento cede no Rio Grande do Sul, embora no começo do dia ainda ocorram rajadas esporádicas junto ao Leste do estado.

O ciclone já nesta segunda começou a impulsionar uma massa de ar frio que trará madrugadas frias terça, quarta e na quinta. O amanhecer mais frio será o de quarta com muitas cidades abaixo dos 5ºC e marcas negativas nas áreas de maior altitude, com geada em grande número de municípios.

Apesar do frio cedo, as tardes vão ser amenas a agradáveis até quinta-feira no Rio Grande do Sul, projetando-se aquecimento mais acentuado na sexta-feira que deve ter uma tarde quente na Metade Norte para o começo de agosto.

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