O tornado arrasador que devastou a cidade paranaense de Rio Bonito do Iguaçu no final da tarde da sexta-feira está ente os mais intensos ocorridos no planeta neste ano, segundo o levantamento da MetSul Meteorologia.

Rio Bonito do Iguaçu foi destruída por tornado | DANIEL CASTELLANO/AFP/METSUL
Levantamento histórico da MetSul aponta que o tornado em Rio Bonito do Iguaçu é o mais trágico no Brasil da história recente. Conforme registros, trata-se do maior número de fatalidade por tornado no país desde a tragédia de Antônio Prado, na Serra Gaúcha, em dezembro de 2003. No Paraná, foi o mais grave tornado desde o que causou 35 mortes em Palmas, em 1959.
O tornado de Rio Bonito do Iguaçu deixou cinco mortos e mais de 750 pessoas ficaram feridas na cidade, algumas com gravidade, possivelmente o número mais alto de pessoas lesionadas até hoje em um episódio de tempo severo no Brasil.
Grande parte da área urbana do município paranaense foi destruída com bairros inteiros que se transformaram em ruínas e quarteirões inteiros que desapareceram. Mais da metade das construções da cidade foram totalmente ou parcialmente destruídas.
Uma avaliação preliminar conduzida pela MetSul Meteorologia a partir da análise dos danos catastróficos indica que o tornado de Rio Bonito do Iguaçu foi de categoria 4 na Escala Aprimorada de Fujita, que vai de EF-0 a EF-5, o que significa que teve vento de 250 km/h a 300 km/h.
Um exame feito pela MetSul das estatísticas de tornados neste ano no planeta coloca o tornado da cidade de Rio Bonito do Iguaçu entre os mais violentos ocorridos em todo o mundo em 2025.
As estatísticas do Centro de Previsão de Tempestades da NOAA, dos Estados Unidos, mostram até agora neste ano 1.308 tornados no país. Destes, um foi um EF-5 (primeiro desde 2013), cinco EF-4 (mesma intensidade que se estima para o tornado do Paraná), 35 EF-3, 139 EF-2, 552 EF-1 e 390 EF-0. Houve 186 tornados sem danos e sem classificação de intensidade.
Na Europa e no Canadá, nenhuma tornado neste ano foi classificado como EF-3, EF-4 ou EF-5. Na Ásia, onde o fenômeno é menos frequente, não há contabilidade de tornados intensos, embora alguns poucos tenham ocorrido na China e Japão.
