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A MetSul Meteorologia antecipa que o tempo não vai firmar tão cedo no Rio Grande do Sul e que as condições de instabilidade atmosférica que já persistem por seis dias devem seguir neste fim de ano no estado.

Tempo chuvoso em Torres

Litoral Norte terá ainda vários periodos de instabilidade e chuva até o final do ano | GABRIEL ZAPAROLLI

Um rio atmosférico atua sobre o Rio Grande do Sul desde domingo (21), trazendo chuva frequente e localmente forte a intensa com alagamentos e enxurradas diariamente em diversos municípios desde o domingo. Em pontos do Noroeste, a chuva acumulada desde domingo já soma 300 mm.

O rio atmosférico transporta ar tropical quente e carregado de muita umidade diretamente da região amazônica para o Rio Grande do Sul por conta de um bloqueio atmosférico associado a um Vórtice Ciclônico em Altos Níveis da Atmosfera (VCAN) sobre o Centro do Brasil.

Um rio atmosférico é uma extensa e estreita faixa de ar extremamente úmido que se desloca na atmosfera transportando enormes volumes de vapor d’água, muitas vezes equivalentes ao fluxo de grandes rios na superfície. Por isso são conhecidos também como rios voadores e costuma trazer chuva volumosa.

Com a manutenção da umidade e do calor, todos os dias até o fim do ano no estado terão condições para chuva no estado, mas, atenção, isso não significa que vai chover todos os dias em todas as cidades do estado e nem mesmo o tempo todo.

Neste fim de ano, vários dias terão presença de sol e nuvens com calor forte a intenso, o que vai trazer pancadas localizadas de chuva típicas de verão, especialmente entre a tarde e a noite. Em alguns, a nebulosidade será maior e já pode chover mais cedo, conforme a região do estado.

Os mapa a seguir mostram as projeções de chuva dia a dia entre hoje (26) e a próxima quarta-feira (31) do modelo do Centro Meteorológico Europeu (ECMWF) em que se nota como a instabilidade seguirá frequente no estado.

METSUL

A chuva será irregular e terá grande variabilidade de volumes. Ou seja, em alguns locais pode chover muito e em outros muito pouco. A tendência é que os maiores volumes neste fim de ano se concentrem na Metade Norte enquanto nos últimos dois a três dias de 2025 o tempo seco deve predominar mais ao Sul gaúcho.

Com a continuidade da instabilidade e o calor, há o risco novos episódios de chuva localmente forte a intensa com volumes muito altos em curto período capazes de causar alagamentos, inundações repentinas e enxurradas, ou seja, haverá mais transtornos por excesso de chuva e com risco de temporais isolados.

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