Área de baixa pressão se converteu na madrugada de ontem em depressão subtropical 250 quilômetros ao Sul de Macaé (RJ) com vento de 55 km/h. Ao longo da quinta-feira, o ciclone se deslocou para Sul em alto mar enquanto se intensificava.

A circulação de umidade do sistema trouxe chuva pra maior parte do Leste do Sul do Brasil. Em Santa Catarina, os volumes foram elevados em alguns pontos com marcas de 70 mm ou mais em Garopaba. Choveu forte também no Sul do Catarinense com mais de 100 mm em 24h em Laguna.

Fernando Oliveira

No Rio Grande do Sul, a instabilidade decorrente das nuvens vindas do oceano trouxe chuva principalmente no Litoral Norte, na Serra e Grande Porto Alegre. Na Capital, a chuva foi irregular com nada de chuva em muitos bairros e pancadas que afetaram mais pontos do Sul e do Leste da Capital.

Ontem à noite, a Marinha elevou o status do sistema com o aumento do vento ao redor do seu centro e classificou como tempestade subtropical, quando o vento de uma área de baixa pressão subtropical excede 63 km/h. As rajadas da tempestade atingiam 35KT (64,9 km/h) e a pressão mínima central era de 1004 hPa. Com isso, o ciclone recebeu o nome  Kurumí, palavra que em tupi-guaraini significa “menino”.

O ciclone seguirá avançando para Sul hoje, longe do continente, devendo passar amanhã de subtropical para extratropical à medida que seu centro em superfície passará de quente para frio.