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Fotografia: Coppe/UFRJ

A mesma tecnologia utilizada por nós meteorologistas para fazer a previsão do tempo está sendo usada por cientistas brasileiros para identificar a origem do derramamento de óleo que provoca o maior desastre ambiental da história do litoral brasileiro.

Trata-se da modelagem numérica. Na Meteorologia, é utilizada para previsão de condição futura e reanálise de condições passadas. No caso do óleo, os pesquisadores do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce) da Coppe/UFRJ utilizam modelagem regressiva e conseguiram identificar o provável ponto de origem do poluente no oceano numa área entre 600 e 700 quilômetros da costa brasileira, numa faixa de latitude com centro na divisa entre Sergipe e Alagoas.

O trabalho foi realizado por meio de imagem de satélite, computação de altíssimo desempenho e modelo matemático. Ainvestigação foi feita a pedido da Marinha. Os pesquisadores rodaram modelo de correntes marinhas no Atlântico e cruzaram os dados com o mapa de manchas de óleo encontradas na costa do Nordeste. A área fica fora da Zona Econômica Exclusiva do Brasil, em águas internacionais. 


A modelagem será usada agora para prever a trajetória do material, mas uma dificuldade para as simulações futuras é que o óleo avança abaixo da superfície. A Marinha (foto) já retirou mais de 500 toneladas de resíduos de óleo nas praias e em alto mar no litoral do Nordeste do Brasil. Investiga-se a chegada da mancha ao Pará, o que seria o primeiro registro do litoral da Região Norte.

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