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O fim de ano de 2025 e o começo de 2026 devem ser marcados por instabilidade nos três estados do Sul do Brasil com calor, chuva de verão que pode ser forte em alguns pontos e também temporais isolados com possibilidade de vendavais, alerta a MetSul Meteorologia.

Temporais de verão serão frequentes nesta virada do ano no Sul do Brasil | CRIS MACH

Este domingo (28) marca o oitavo dia seguido em que um rio atmosférico proporciona instabilidade diária no Rio Grande do Sul. A semana que recém terminou teve volumes de chuva entre 150 mm e 300 mm em vários municípios gaúchos com acumulados até acima de 300 mm em setores do Noroeste do estado.

Além da chuva, houve ainda temporais com danos por vento em diversas cidades, como ontem (27) que teve ao menos seis municípios reportando estragos. O vento chegou a 97 km/h na Grande Porto Alegre. A última semana teve ainda um tornado no município de Farroupilha, na Serra Gaúcha.

O padrão não muda muito neste últimos dias do ano e no começo de 2026 à medida que ar tropical quente e úmido permanece sobre o Sul do Brasil. Com ar tropical, ficará favorecida a ocorrência de convecção com chuva localmente forte e temporais isolados com chuva, raios e rajadas de vento forte.

Convecção é o processo pelo qual o ar quente sobe na atmosfera. Em dias quentes, o solo aquece intensamente e transfere calor para o ar logo acima, que se torna mais leve e começa a subir.

À medida que esse ar quente sobe, ele se expande e esfria, fazendo com que o vapor d’água nele contido se condense e forme nuvens. Quando a convecção é intensa, o movimento vertical do ar pode gerar nuvens muito altas com chuva forte e temporais.

O que muda em relação à última semana é a região de maior risco de chuva forte e de temporais. Na semana que passou, os maiores volumes de chuva se concentraram no Rio Grande do Sul. Agora, na que começa, a instabilidade mais forte se desloca um pouco mais para o Norte na Região Sul.

Os mapas a seguir mostram as projeções de chuva para a semana que se inicia no Sul do Brasil a partir de dados dos modelo do Centro Meteorológico Europeu (ECMWF), Icon da Alemanha e do Met Office do Reino Unido (UKMET).

METSUL

METSUL

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Como se observa, a tendência é de chuva com maiores volumes no Oeste e na Metade Norte do Rio Grande do Sul, onde já choveu demasiadamente na semana que passou, em Santa Catarina e no Paraná, onde a chuva não foi tão volumosa como no estado gaúcho.

Nesta áreas, muitas cidades podem somar 100 mm a 200 mm nesta semana e não são descartados acumulados isoladamente até mais altos. Chamamos atenção que o Leste de Santa Catarina e do Paraná, onde estão as praias, podem ter episódios de chuva forte a intensa com altos volumes em curto intervalo e alagamentos, não se afastando ainda temporais com raios e rajadas de vento.

Em sentido oposto, cidades mais ao Sul do Rio Grande do Sul, especialmente do extremo Sul e da Campanha, devem ter uma virada de ano com precipitação mais escassa. Em diversos municípios destas regiões, a tendência é de chover pouco ou nada na semana que começa.

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