Satélites de sensoriamento remoto e utilizados rotineiramente na Meteorologia e para monitoramento ambiental podem ser a nova ferramenta para planejar as medidas para mitigação da tragédia do óleo no Nordeste, o maior desastre ambiental em extensão da história brasileira.
Inicialmente, as autoridades informaram que o monitoramento feito por satélites não seria útil, já que o material avançava no mar abaixo da superfície, mas o satélite Sentinel do consórcio europeu Copernicus conseguiu captar uma mancha de óleo de 1,76 quilômetros quadrados em alto mar a 16,4 quilômetro da costa, conforme apuração da revista Veja.
O volume estimado da mancha de óleo era 362 metros cúbicos ou cerca de 350 toneladas só de óleo. Foi possível ainda cruzar a informação com dados de vento e maré, indicando a rota da mancha para Morro de São Paulo. Com a análise das imagens de satélite, teria sido possível estabelecer uma estratégia de contenção do poluente com barreiras offsghore. No dia 22, o óleo acabou por alcançar as praias dos destino turístico no estado da Bahia.
Voluntários seguem trabalhando na beira da praia nos estados do Nordeste, recolhendo óleo. Marinha e Exército também participam dos esforços de limpeza. Apesar de testes indicarem características de óleo venezuelano no material na costa brasileira, segue um mistério como o poluente foi parar no oceano.