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UN Humanitarian/Divulgação

Em 4 de agosto de 2020, uma explosão devastadora abalou a área do porto em Beirute, no Líbano. Após o evento, os cientistas usaram imagens de radar de satélite para mapear a extensão dos danos e ajudar a identificar áreas onde as pessoas podem precisar de ajuda.

Um incêndio no porto provocou a explosão de um estoque de quase três toneladas de nitrato de amônio, um produto químico altamente explosivo freqüentemente usado em fertilizantes. Pelo menos 150 pessoas morreram, cerca de 5.000 ficaram feridas e ao menos 300.000 pessoas ficaram desabrigadas. As perdas com a explosão são estimadas em pelo menos 10 a 15 bilhões de dólares, de acordo com o governo libanês.

A imagem acima é um mapa de danos criado por cientistas da equipe do Advanced Rapid Imaging and Analysis (ARIA) da NASA e do Earth Observatory of Singapore (EOS). Os pixels vermelhos escuros representam os danos mais graves, enquanto as áreas laranja e amarelas são moderada ou parcialmente danificadas. Cada pixel colorido representa uma área de 30 metros quadrados. 


A equipe do ARIA afiliada ao NASA Jet Propulsion Laboratory e do EOS examinou os dados do radar de abertura sintética (SAR) coletados antes e depois da explosão, mapeando as mudanças na superfície da terra e nas estruturas construídas. Os instrumentos SAR enviam pulsos de microondas em direção à superfície da Terra e ouvem os reflexos dessas ondas. As ondas de radar podem penetrar a cobertura de nuvens, vegetação e escuridão da noite para detectar mudanças que podem não aparecer nas imagens de luz visível. 

Quando a crosta terrestre se move devido a um terremoto, quando a terra seca é repentinamente coberta pela água da enchente, ou quando edifícios são danificados ou derrubados, a amplitude e a fase dos reflexos das ondas de radar mudam nessas áreas e indicam ao satélite que algo no terreno mudou.

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