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Uma explosão no Polígono Industrial de Spegazzini, em Ezeiza, Grande Buenos Aires, provocou na noite de sexta-feira uma ampla onda expansiva, um incêndio de grandes proporções e danos em ao menos duas plantas industriais.

REPRODUÇÃO

Mais de 20 equipes de bombeiros atuam no local e há, até o momento, 22 feridos — a maioria com cortes, politraumatismos, queimaduras leves ou por inalação de fumaça, segundo hospitais da região.

A explosão quebrou vidros e danificou casas em bairros próximos, e autoridades ordenaram que moradores permanecessem em suas residências devido à formação de uma nuvem tóxica, que se desloca rumo a San Vicente e Cañuelas.

Houve temor inicial de que a Planta Térmica Albanesi fosse afetada, mas ela foi protegida. A autopista Ezeiza–Cañuelas foi totalmente bloqueada por segurança. Testemunhas relataram estrondo, tremores e fortes labaredas. O Ministério da Saúde ativou código vermelho, reforçou hospitais e divulgou medidas de proteção à população.

O sistema mundial de monitoramento de incêndios da NASA, denominado FIRMS, captou o foco de calor do incêndio, representado por um ponto vermelho na área da Grande Buenos Aires.

NASA

O radar meteorológico do Serviço Meteorológico Nacional (SMN) da Argentina, que está em Ezeiza, perto do local do incêndio, capta em imagens a nuvem de fumaça gerada pelo grande incêndio.

SMN

O prefeito de Ezeiza, Gastón Granados, confirmou a gravidade do episódio: “Houve uma explosão muito grande no polo industrial. Os bombeiros estão tentando entrar, mas não conseguem por causa da quantidade de detonações. O fogo atinge várias indústrias e ainda não conseguimos controlá-lo”.

Ele também detalhou que uma das plantas afetadas é uma indústria química onde depósitos ligados a produtos agropecuários e fertilizantes pegaram fogo.

O Ministério da Segurança da província informou ao jornal Clarín que todo o efetivo da Polícia provincial foi mobilizado, incluindo a Divisão Ecológica e a de Salvamento, devido à dimensão da área afetada.

Moradores de diferentes localidades relataram que a fumaça tem um forte odor químico. “O céu ficou vermelho e preto”, contou Marcela, que mora a 40 quadras do local. Até mesmo em Adrogué, a mais de 40 quilômetros, residentes afirmaram perceber o cheiro.

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