O dia de fogo no interior de São Paulo, com quantidade de queimadas jamais vista em um único dia desde que se iniciaram os registros no final dos anos 90, teve o registro de redemoinhos de fogo durante os grandes incêndios de vegetação. Os incêndios fecharam estradas e escolas, fizeram o governo estadual instalar um comitê de crise e espalharam a fumaça pela capital e o interior.
Os redemoinhos de fogo e os tornados de fogo são muito parecidos, mas diferentes na escala. Os redemoinhos são menores em escala do que os tornados de fogo. Normalmente, os redemoinhos de fogo têm um diâmetro de apenas poucos metros, enquanto um tornado de fogo é normalmente categorizado como tendo 30 a 300 metros de diâmetro. Ambos se movem rapidamente.
Os redemoinhos de fogo têm vida muito curta e não causam muitos danos. Os tornados de fogo também não duram muito tempo — apenas alguns minutos — mas duram mais do que os redemoinhos de fogo e podem ser extremamente destrutivos. Os tornados de fogo podem espalhar incêndios florestais muito rapidamente.
O tornado de fogo, também conhecido como “firenado” é um fenômeno raro e impressionante que ocorre durante grandes incêndios florestais ou urbanos. Esse fenômeno surge quando as intensas correntes de ar quente geradas pelo fogo se encontram com ventos fortes, formando redemoinhos que giram rapidamente, criando uma coluna de fogo que se assemelha a um tornado.
Esses redemoinhos de fogo podem atingir grandes alturas e se mover a velocidades alarmantes, espalhando ainda mais as chamas e dificultando o combate ao incêndio. Os firenados são particularmente perigosos devido à sua capacidade de transportar brasas e detritos em chamas a longas distâncias, o que pode causar novos focos de incêndio.
Além disso, a intensa temperatura no interior dessas colunas de fogo pode derreter metais e destruir praticamente qualquer coisa em seu caminho. A combinação de calor extremo, ventos fortes e a presença de combustível inflamável faz com que o firenado seja uma força destrutiva quase incontrolável.
O estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira 1886 focos de calor como efeito das queimadas. Foi um dia de fogo no estado paulista. O número divulgado a partir do monitoramento por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais representa o dobro da média histórica de focos de calor por queimadas de agosto inteiro.
Nesta sexta-feira, conforme os números informados pelo Inpe, o Brasil anotou 4928 focos de calor. Ou seja, apenas o estado de São Paulo respondeu por 38% de todas as queimadas do país. O número de queimadas desta sexta em São Paulo superou o da Amazônia inteira (1659).
Outro dado de como este dia foi um dia de fogo em São Paulo, o pior em décadas. O agosto com mais queimadas até hoje – e recorde absoluto da série – desde de que se iniciaram os registros em 1998 teve 2444 focos de calor no mês todo. Foi em 2010. Só o dia de hoje anotou dois terços do número de focos do agosto recorde.
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