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O cenário de fogo neste inverno na região amazônica é radicalmente distinto de 2024 com muitíssimo menos focos de queimadas na Amazônia brasileira e números que há mais de 20 anos não se testemunhava.

MICHEL DANTAS/AFP/METSUL

De acordo com o monitoramento realizado por satélites pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de queimadas no bioma amazônico em julho deste ano foi de 2.183.

O número parece alto, mas pelos padrões históricos da região é bastante baixo. Para se ter ideia, a média de focos de calor no período 1998-2024 em julho na Amazônia é de 6.3659. Ou seja, houve apenas um terço da média mensal de queimadas.

Em um contexto histórico, julho neste ano na Amazônia teve o menor número de focos de queimadas no mês desde 2001, quando houve 1816 focos de calor observados pelos satélites.

Os números deste ano contrastam radicalmente com o de julho do ano passado, mês em que o bioma amazônico anotou 11.434 focos de calor no pior julho de fogo na região desde 2005, quando no mês houve 19.364 focos de calor, no julho com mais queimadas na Amazônia na série histórica.

No Amazonas, onde no Sul do estado hoje existe uma região chamada de arco do desmatamento, a diferença entre julho de 2024 e julho de 2025 é gigantesca. No ano passado, o estado do Amazonas somou 4.241 focos de calor em julho, o pior julho de fogo da série histórica por larga margem, mas neste ano foram apenas 278 focos de calor.

No Pará, outro estado crítico em desmatamento, julho de 2024 somou 3.265 focos de calor e neste ano o Inpe contabilizou 837 focos de queimadas, cerca de quatro vezes menos.

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