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Meteorologistas consideram possível que uma cidade do Nordeste da Sibéria tenha alcançado um recorde de temperatura mais alta já documentada no Círculo Polar Ártico com 38°C ontem em Verkhoyansk, ao Norte do Círculo Polar Ártico e a cerca de 5.000 quilômetros a Leste de Moscou. Os registros nesse local são mantidos desde 1885.

Se verificado como correta, a temperatura seria a mais alta já registrada no Ártico, uma região que está aquecendo a uma taxa maior que o dobro do resto do globo. O recorde de máxima no Ártico é 37,7°C em Fort Yukon, no Alasca, em 1915. 


Hoje, o mesmo local registrou uma temperatura 35,2°C, mostrando que a leitura de sábado não foi um acaso. A temperatura média máxima de junho em Verkhoyansk é de apenas 20°C. 

Verkhoyansk está localizado a 67,5° de latitude Norte, enquanto o Círculo Polar Ártico começa a 66,5°. 

A cidade de cerca de 1.300 habitantes está localizada ao Norte de Fairbanks, no Alasca, em termos de latitude, e é conhecida por ter uma faixa de temperatura incomumente ampla. Durante o inverno, Verkhoyansk é um dos pontos mais frios do mundo, com temperaturas que caem frequentemente abaixo de -50°C.

As temperaturas em Chersky, a cerca de mil quilômetros a Nordeste de Verkhoyansk, atingiram 30°C na semana passada, o que também é incomum e causado pela grande área de alta pressão, ou cúpula de calor (heat dome) que permanece estacionada sobre ela.

Até agora em 2020, a Sibéria se destacou por suas temperaturas extremamente altas, que aceleraram o derretimento da neve e do gelo, contribuiu para o derretimento do permafrost, o que levou a um grande derramamento de óleo, e teve um início incomumente precoce e severo na temporada de incêndios.

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